Mais de 74% dos empregados do comércio atuam no varejo

 Mais de 74% dos empregados do comércio atuam no varejo

 

O comércio empregou 10,2 milhões de pessoas em 2019, sendo 74,2% no comércio varejista, 16,9% no atacado e 8,9% no comércio de veículos, peças e motocicletas. O avanço de 1,1 p.p do varejo, entre 2010 e 2019, consolidou o setor como o maior empregador do comércio e o único dos três segmentos a avançar nesse período.

Pessoal ocupado, segundo a divisão de comércio – Brasil – 2010 a 2019
Divisão de comércio Ano
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Total 9.039.952 9.592.590 10.025.453 10.418.819 10.633.156 10.296.459 10.112.020 10.196.676 10.209.433 10.167.017
Comércio de veículos, peças e motocicletas 874.941 908.387 928.130 947.796 939.977 926.143 885.552 876.138 896.938 907.996
Comércio por atacado 1.551.880 1.640.779 1.725.271 1.827.168 1.822.707 1.749.645 1.675.087 1.677.348 1.669.309 1.714.732
Comércio varejista 6.613.131 7.043.424 7.372.052 7.643.855 7.870.472 7.620.671 7.551.381 7.643.190 7.643.186 7.544.289
Fonte: IBGE – Pesquisa Anual de Comércio

Destaca-se ainda o avanço de hipermercados e supermercados, que ocupava a maior proporção (18,8%) de trabalhadores do setor varejista e teve o maior ganho de participação (3,7 p.p.) no período. Já o recuo mais intenso foi do comércio varejista de informática, comunicação e artigos de uso doméstico (-2,5 p.p.) que, em 2019, ocupava 11,6% dos trabalhadores do setor.

O comércio atacadista reduziu a sua participação no total do comércio em 0,3 p.p., empregando, em 2019, 16,9% do total de comércio. Desde 2010, o setor de veículos, peças e motocicletas perdeu 0,8 p.p. e, em 2019, era responsável por 8,9% dos empregos no comércio.

Ocupação média dos hiper e supermercados é de 90 pessoas por empresa

O número médio de pessoas ocupadas no comércio ficou em sete por empresa em 2019, ante uma média de seis pessoas em 2010. Essa variável é relativamente homogênea entre os segmentos do comércio: o porte médio no comércio de veículos, peças e motocicletas é de sete pessoas; no atacado, de nove pessoas; e no varejo, de sete.

O setor de hipermercados e supermercados tinha a média mais elevada, 90 pessoas por empresa em 2019. A seguir, vinham o comércio por atacado de mercadorias em geral (29 pessoas) e pelo comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes (28 pessoas).

Os menores portes médios eram das atividades de representantes e agentes do comércio (2 pessoas), de comércio varejista de produtos novos e usados sem especificação (4 pessoas) e de comércio varejista de produtos alimentícios, bebidas e fumo (5 pessoas).

Rendimento médio do comércio fica estável de 2010 a 2019

Em 2019, as empresas comerciais pagaram, em média, 1,9 salário mínimo (s.m.), com pequena variação em relação a 2010 (1,8 s.m.). O comércio por atacado pagava o maior salário médio (2,8 s.m.), seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas (2,0 s.m.) e o comércio varejista (1,6 s.m.).

O comércio de veículos, peças e motocicletas foi o único dos grandes segmentos do comércio com variação no salário médio entre 2010 e 2019: -0,3 s.m. no período. Nesse período, o salário médio dos três agrupamentos desse segmento teve ligeira redução: comércio de veículos automotores (de 3,1 s.m. para 2,9 s.m.), comércio de peças para veículos (de 1,8 s.m. para 1,7 s.m.) e comércio de motocicletas, peças e acessórios (de 1,9 s.m. para 1,8 s.m.).

No comércio atacadista, os segmentos com os maiores salários médios – comércio de combustíveis e lubrificantes (5,7 s.m.) e comércio de máquinas, aparelhos e equipamentos, inclusive TI (Tecnologia da Informação) e comunicação (4,1 s.m.) – tiveram as quedas mais intensas entre 2010 e 2019: 1,4 s.m. e 0,4 s.m., respectivamente.

Por outro lado, o comércio de matérias-primas agrícolas e animais vivos e o comércio de produtos variados tiveram os maiores aumentos: respectivamente 0,5 s.m. e 0,3 s.m. no mesmo período.

O comércio varejista e seus agrupamentos tinham os menores salários médios. O comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo pagou 1,2 s.m. e o comércio de artigos culturais, recreativos e esportivos pagou 1,5 s.m., em média. Já hipermercados e supermercados; o comércio de combustíveis e lubrificantes; de comércio de informática, comunicação e artigos de uso doméstico; e o comércio de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos pagaram 1,8 s.m., a maior média do varejo.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado.