Maternidade Evangelina Rosa é foco de homenagem e denúncia

 Maternidade Evangelina Rosa é foco de homenagem e denúncia

A deputada Teresa Britto-PV fez fortes criticas a gestão da Maternidade Dona Evangelina Rosa, durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa nessa terça-feira(30).

Teresa afirmou que falta quase tudo para que a maternidade possa oferecer um serviço de qualidade para a população. Segundo a Deputada, além das condições estruturais precárias, falta até o material essencial para atendimento de parturientes e recém nascidos.

Em contrapartida, o governo do estado do Piauí divulgou ainda na tarde de ontem(30) que o Ministério da Saúde destacou a Maternidade Evangelina Rosa por reduzir a mortalidade em 7% em 2020.

A Maternidade Dona Evangelina Rosa ( MDER) não é apenas referência em alta complexidade por ter condições de receber casos graves de gestantes e parturientes. É uma instituição hospitalar completa, com um equipe empenhada, capacitada e preparada para todos os desafios, em qualquer área. Prova disso são as dezenas de títulos recebidos no decorrer da sua história.  Nessa segunda-feira (29), foi mais um dia de carimbar a força e importância do trabalho realizado na MDER: a unidade de saúde foi agraciada, pelas mãos do seu diretor-clínico, neonatologista Marcos Bittencourt e pelo Ministério da Saúde, como uma das maternidades brasileiras que tiveram experiências exitosas na redução da mortalidade neonatal.

A MDER conseguiu reduzir, entre 2019 e 2020,  a mortalidade neonatal em 7,49%. Os índices começaram a despencar já entre 2018 e 2019, com queda 4,29%. Tudo aconteceu porque a MDER foi uma das primeiras maternidades do Brasil a abraçar o Programa Qualíneo, uma estratégia criada pelo Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Dapes/Saps, para reduzir as taxas de mortalidade neonatal (até 28 dias de vida) e qualificar a atenção ao recém-nascido nas maternidades.

Mas o processo não foi fácil, conforme lembra Bittencourt. Ele relata que profissionais da maternidade, apesar de terem experiência em tratar casos de infecções, “não tínhamos aquele manejo e aquela capacitação que envolveu esse projeto”, lembra o diretor.

Ele conta que a maternidade foi a primeira equipe do Brasil a ter o projeto apresentado. “Abraçamos o projeto que vejo como a menina dos olhos da Evangelina”, afirma. O neonatologista recorda também a luta diária, ao longo dos anos, da equipe multiprofissional da Evangelina Rosa, que se dedica, se doa e tem amor pelo que faz.  “A Evangelina Rosa não é só um prédio, não são só problemas diários que lutamos para driblar, mas é o amor com o que esses  profissionais trabalham”, relata, emocionado.

“É uma vitória de toda uma equipe de alto gabarito, liderada pelo Marcos Bittencourt”, ressalta o diretor-geral da maternidade, médico Francisco Macêdo. Além de uma diretoria atuante,  a Evangelina conta ainda com apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). “Termos esses números, mesmo enfrentando uma pandemia, é resultado de um trabalho sério e intenso que, com o apoio da Sesapi temos conseguido enfrentar esse momento conseguindo fazer melhorias, ampliações, reformas, que se refletem na melhoria do tratamento de pacientes , incluindo os bebês prematuros”, concluiu Macêdo.

Conheça mais sobre a Estratégia Qualineo (Qualificação da Assistência ao Recém-Nascido de Risco)

A promoção de saúde da criança e as estratégias de redução da mortalidade infantil são eixos centrais nas políticas de saúde do Brasil nas últimas décadas. No Brasil, nascem por ano, aproximadamente, 3 milhões de crianças em 4.705 maternidades (públicas e privadas).

Visando superar o desafio de diminuir a mortalidade neonatal, o Ministério da Saúde criou a “Estratégia Qualineo (EQN) ”, que objetiva ofertar apoio técnico de forma sistemática e integrada às maternidades prioritárias para qualificação das práticas de gestão e atenção ao recém-nascido a fim de que possam contribuir para a redução da mortalidade infantil, em especial em seu componente neonatal.

Além disto, esta estratégia promove a integração dos programas estratégicos do Ministério da Saúde voltados à qualificação da assistência e redução da mortalidade neonatal, visto que hoje são ofertados e acompanhados de maneira isolada.

Nessa direção, busca-se a formação e qualificação do cuidado e da gestão a partir do estabelecimento de relações colaborativas nos espaços coletivos de trabalho, promovendo interações, trocas de experiências e conhecimento. Incorporando também estratégias e instrumentos de pactuação de compromissos e corresponsabilização com as práticas sanitárias no campo materno-infantil. No mais, busca ofertar métodos de monitoramento cotidiano das práticas de atenção neonatal visando à correção de rumos de modo dinâmica e permanente.

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