Durante pandemia, 95% das construtoras tiveram aumento no preço do cimento

 Durante pandemia, 95% das construtoras tiveram aumento no preço do cimento

Levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção ouviu empresas em 25 estados das cinco regiões brasileiras e identificou aumento em todos os materiais consultados. De março a julho, em meio à pandemia do novo coronavírus, construtoras de todo o país tiveram aumento no preço de materiais de construção. Dos itens consultados, o cimento foi o que teve mais aumento: 95% das empresas identificaram alteração nos valores cobrados. Os números foram revelados por uma pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O levantamento ouviu 462 empresas em 25 estados das cinco regiões do país entre os dias 16 e 21 de julho.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Teresina), Francisco Reinaldo, pontua que a liberação do Auxílio Emergencial do Governo Federal levou uma parte considerável da população a consumir e, como reflexo disso, há dificuldade de adquirir materiais de construção. Isso também eleva o preço dos insumos. “No interior essas pequenas obras não pararam. Isso representa o aumento nos valores dos principais insumos na construção, o que gera uma dificuldade para todo o setor nessa retomada”, destacou.

No levantamento realizado pela CBIC, 95% das empresas responderam que o cimento teve aumento durante o período da pandemia. Para 59% delas, o aumento foi de até 10%. Para 36%, o aumento foi acima de 10%. Nos estados Ceará, Mato Grosso e Pará, 100% das empresas responderam que tiveram aumento no referido material.

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, o momento não poderia ser mais inoportuno para aumentar preços. “É uma miopia por parte da cadeia produtiva. Em um momento onde indicadores têm mostrado sinais de recuperação no setor, quando temos a expectativa de que a construção civil possa puxar a retomada do crescimento, alguém decide levar vantagem”, disse.

Quando a pergunta foi sobre aumento no preço do aço, 87% das empresas responderam que tiveram aumento durante o período da pandemia. Para 55% delas, o aumento foi de até 10%. Para 32%, o aumento foi acima de 10%. Nos estados Ceará e Mato Grosso, 100% das empresas responderam que tiveram aumento no referido material.

Outros itens avaliados na pesquisa

A pesquisa também perguntou sobre aumento nos preços de concreto, bloco cerâmico, bloco de concreto e cabos elétricos. Em todos eles houve aumento.

No caso do concreto, 81% das empresas responderam que houve aumento de preço durante o período da pandemia. Para 59% delas, o aumento foi de até 10%. Para 22%, o aumento foi acima de 10%. Quando o item consultado foi bloco cerâmico, 75% das empresas responderam que houve aumento durante o período da pandemia. Para 32% delas, o aumento foi de até 10%. Para 43%, o aumento foi acima de 10%.

Quando a pergunta foi sobre preço de bloco de concreto, 74% das empresas responderam que tiveram aumento durante o período da pandemia. Para 51% delas, o aumento foi de até 10%. Para 23%, o aumento foi acima de 10%. Por fim, 90% das empresas responderam que cabos elétricos tiveram aumento durante o período da pandemia. Para 43% delas, o aumento foi de até 10%. Para 47%, o aumento foi acima de 10%.

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