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Que Rei sou Eu – Ciro Nogueira
Segundo o site do Valor Econômico, o alinhamento do senador Ciro Nogueira-PP/PI, presidente nacional do PP, com o presidente da república Jair Bolsonaro motivou o rompimento da aliança do partido com o PT no Piauí, base eleitoral do parlamentar. A união de forças no Estado vinha sendo reeditada desde 2014.
Essa motivação parece estranha, pois em 2016 a parceria do senador Ciro Nogueira (PP-PI) com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), continuou mesmo após o parlamentar ter votado pelo Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O povo brasileiro sabe que isso significa que os parlamentares federais do PP dão apoio aos projetos do governo no congresso e os membros do partido passam a ocupar ou indicar ocupante de cargos federais em Brasilia e em seus Estados. O PP também integra os governos do PT no Ceará e na Bahia, mas não há previsão, por enquanto, de que o fim da aliança no Piauí se estenda para os outros dois Estados.
No Piaui, essa mudança de postura do senador Ciro, não tem como consequência apenas a redução do número de deputados estaduais que apoiam o governo petista, mudam também os gestores de órgãos públicos, a composição da Assembleia Legislativa e ainda as composições de chapas para as eleições municipais, afinal, depois da divulgação do envolvimento de Ciro Nogueira e de sua ex-esposa, deputada federal-PP/PI Iracema Portela, em processos por ações ilícitas, o PP, que tinha onze prefeitos filiados cresceu muito, chegando hoje a quase cem prefeitos em seu quadro de filiados.
O parlamentar é investigado desde abril de 2017, quando executivos e ex-executivos da Odebrecht fecharam acordo de delação premiada e afirmaram que Nogueira havia pedido ajuda à empresa entre 2010 e 2014 para campanhas políticas. De acordo com o processo, o senador teria recebido R$ 300 mil em 2010 e R$ 1,3 milhão em duas vezes, em 2014, por meio do sistema de propina da Odebrecht. Além disso, Ciro teria recebido outros R$ 6 milhões, omitido por um dos delatores.
Em fevereiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O Supremo Tribunal Federal autoriza investigação contra Ciro Nogueira para apurar caso de corrupção.
A PF fez buscas em endereços de Ciro Nogueira em inquérito sobre corrupção e lavagem de dinheiro.
Após as investigações da Polícia Federal (PF), a PGR considerou ter indícios suficientes para apresentar as denúncias contra o senador. O caso está nas mãos do ministro Edson Fachin. Caso a denúncia seja aceita pela Segunda Turma do Supremo, Ciro Nogueira vira réu, mas ainda precisa passar por julgamento para ser condenado ou absolvido.
A mídia nacional divulgou amplamente as ações da PGR, STF e da policial federal contra o Senador piauiense que em seu Estado é elogiado por parceiros políticos pelos recursos federais que destina para obras, é defendido pela mídia e demoniado pelos jornalistas que o denunciam e são processados.
Em junho, a mídia novamente o destacou, mas dessa vez, falando do retorno do Senador ao centro do poder. Recentemente, ele acompanhou Bolsonoro em viagem ao sul do Piauí e anunciou a destinação de quase seis milhões para a estrutura turística da região do Parque Nacional da Serra da Capivara, onde está sediado o museu do Homem Americano e o museu da Natureza, famosos por guardarem o mais importante acervo de pinturas rupestres do início da humanidade.
Em novembro, Ciro deve ser responsável pela eleição do maior número de prefeitos do Piauí, incluindo o da capital-Teresina. Pronto, fica consolidado o alicerce da candidatura, em 2022, para ao governo do Estado e a permanência da imunidade necessária para gozar de liberdade e a perpetuação do poder.
Quem acompanha a política piauiense sabe que a o rompimento de Wellington com Ciro é motivado pela dedução do petista que o PP apoiará o prefeito de Teresina-Firmino Filho-PSDB para Senador e esse cargo é a pretensão do Governador.
E assim caminha a humanidade, a passos de maldades que pioram o Brasil e cultuam a miséria do povo que briga em defesa de Lula e Bolsonaro.
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