O Piauí encerrou o mês de março com um saldo positivo de 1.236 empregos, apesar das medidas restritivas de funcionamento de atividades de comércio e serviços, adotadas pelo Governo do Estado para frear a segunda onda do coronavírus. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na semana passada pelo Ministério da Economia.

O saldo de empregos significa a diferença entre o total de pessoas admitidas (8.191) e o de trabalhadores dispensados (6.955) no período pesquisado. O setor que mais contratou em março foi a indústria (502 vagas), seguida do comércio (399) e agropecuária (213). A construção registrou saldo negativo (-7 vagas).
 

O setor de construção civil foi o único que gerou desemprego em março (reprodução Caged)

As medidas restritivas começaram a ser adotadas ainda em fevereiro, com o cancelamento do carnaval e limitação do horário de funcionamento de bares, restaurantes e comércio. Em março, os decretos estaduais passaram a ser mais rígidos, com fechamento de atividades a partir das sextas-feiras e toque de recolher a partir de 21h.
Embora a restrição de várias atividades não tenha gerado desemprego, os vários lockdowns adotados desaceleraram a criaçao de novas vagas em março, na comparação com os dois meses anteriores, que vinham registrando crescimento na oferta de trabalho. Em janeiro, foram criadas 1.483 vagas, um alta surpreendente contra o saldo negativo de 479 no mês anterior (dezembro de 2020). Em fevereiro, os empregos cresceram mais ainda, atingindo o saldo positivo de 2.710 vagas.

Saldo deempregos registrados durante o ano de 2020 e 2021

Ao longo de abril, com a estabilização dos casos no Piauí, as medidas foram sendo flexibilizadas de forma gradual, mas o setor ainda não voltou à normalidade. Os dados do Caged referente a abril serão divulgados no final deste mês de maio.

Fonte: Piauí Negócios