Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a indústria avançou 22,6% no segundo trimestre de 2021,  a expansão mais intensa desde o início da série histórica nesse tipo de comparação. Com isso, permanece com o comportamento positivo desde o último trimestre de 2020 (3,4%), todas as comparações contra igual período do ano anterior.

O aumento na intensidade da produção industrial na passagem do primeiro (4,3%) para o segundo trimestre de 2021 (22,6%) foi explicado pelo ganho de ritmo verificado nas quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de consumo duráveis (de -0,3% para 126,8%) e bens de capital (de 20,8% para 80,1%).

Os setores produtores de bens intermediários (de 4,5% para 17,6%) e de bens de consumo semi e não duráveis (de 1,1% para 10,1%) também assinalaram ganho de dinamismo entre os dois períodos.

Todas as quatro categorias econômicas acumulam altas em 2021

No acumulado do ano (janeiro-junho), frente a igual período do ano anterior, a indústria cresceu 12,9%, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 26 ramos, 66 dos 79 grupos e 73,2% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (56,9%), máquinas e equipamentos (41,5%), metalurgia (26,3%) e produtos de minerais não-metálicos (31,3%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria.

Vale destacar também as contribuições dos ramos de produtos de borracha e de material plástico (21,2%), de produtos de metal (23,7%), de outros produtos químicos (12,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (39,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (24,3%), de produtos têxteis (35,1%), de bebidas (11,4%), de couro, artigos para viagem e calçados (28,6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (15,5%), de produtos diversos (32,8%), de produtos de madeira (23,7%) e de indústrias extrativas (2,2%). Por outro lado, entre as cinco atividades que apontaram redução na produção, a principal influência no total da indústria foi registrada por produtos alimentícios (-5,7%).

Entre as grandes categorias econômicas, as maiores altas vieram de bens de capital (45,6%) e bens de consumo duráveis (36,4%). Os segmentos de bens intermediários (10,9%) e de bens de consumo semi e não duráveis (5,5%) também assinalaram crescimento nos seis primeiros meses do ano, mas ambos com avanços abaixo da média da indústria (12,9%).