Obra da piauiense, Débora Facchinetti, é publicada em revista da UnB

Obra da autora piauiense, Débora Facchinetti, vira artigo científico em revista da Universidade de Brasília.

O livro Getúlio, jacaré ou bagulho? da autora piauiense, Débora Facchinetti , publicado pela editora Nova Aliança virou tema de artigo científico. O trabalho analisa a reconstrução do ethos discursivo do personagem Getúlio. Para o leitor não familiarizado com o termo, o ethos é uma abordagem discursiva que está presente desde à época da Retórica, de Aristóteles, sendo ela uma das três maneiras de conquistar o interlocutor. Na abordagem sobre a obra, o autor do trabalho, professor David Carvalho, busca compreender quais imagens são construídas para o personagem Getúlio. Para melhor entender, Getúlio é apresentado no título como uma dúvida: jacaré ou bagulho? Na arguição do trabalho, são expostas várias imagens sobre o personagem como de porcalhão, desorganizado, pacificador, alguém que evita confusões, ambientalista (protetor do meio ambiente).
No estudo, o autor destaca também a importância que a literatura piauiense ganhou com o livro Getúlio, jacaré ou bagulho?, por se tratar de uma fábula que resgata a identidade da literatura regional por suas características, espaços e personagens escrita em versos e com rimas tendo como mensagem a luta pela preservação do meio ambiente, . O trabalho de Facchinetti se assemelha ao de Paulo José Cunha, em Perfume de Resedá, em que o jornalista e escritor buscou retratar a antiga Chapada do Corisco, Teresina, e seus costumes do século XX.
Para o professor David Carvalho, da E.M. Clidenor de Freitas Santos, a autora é uma inovação e um alerta para uma sociedade entregue ao consumismo, reféns da tecnologia e distante da conscientização sobre a preservação do Meio Ambiente e da Literatura local.
A obra é aquilo que há muito não víamos no Piauí e no Brasil. Uma literatura rica feita em versos que resgata a identidade, valores tão opacos na literatura pós-moderna. Não digo que seja uma obra infantil ou apenas para o público infantil, mas um alerta de que a boa literatura ainda vive na tão amada “Chapada do Corisco. ” (David Carvalho)
O artigo pode ser lido na revista Arquivos do CMD – Portal de Periódicos da UnB.

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