Segundo pesquisa nacional com mais de 1.300 participantes aponta ainda que 42% dos brasileiros afirmam já ter recebido alguma notícia falsa manipulada por inteligência artificial

A 3ª edição da Pesquisa “Como o Brasileiro se Informa?”, realizada pela Fundamento Grupo de Comunicação, com apoio institucional do Instituto Palavra Aberta e da ANER – Associação Nacional dos Editores de Revistas e ouviu participantes de todas as regiões do Brasil, classes sociais, escolaridade e situação de trabalho, para saber que meios usam para acompanhar as notícias, mostra que os brasileiros estão preocupados com as fakes news especialmente considerando o cenário eleitoral.

Segundo a pesquisa, 42% dos brasileiros afirmam já ter recebido alguma notícia falsa manipulada por inteligência artificial.

Questionados sobre o potencial uso da IA para a produção de conteúdo falso durante as campanhas eleitorais, 86% ressaltaram estar preocupados com a manipulação de fotos ou vídeos falsos dos candidatos em situações polêmicas, 88% com áudios adulterados, 90% com reportagens falsas que fingem ser de veículos jornalísticos e 88% com a criação de sites e posts falsificados. Dos respondentes, 42% afirmam já ter recebido alguma notícia falsa manipulada por IA e 43% não sabem se já receberam.

Sobre compartilhamento de notícias falsas, 45% afirmaram já ter compartilhado uma notícia, seja nas redes sociais nos grupos de mensagens, e descoberto mais tarde que era falsa ou muito desatualizada, 47% negaram e 8% não sabem se já ocorreu.

Em complemento, os resultados apontam também que 69% procuram checar notícias que desconfiam que sejam falsas, seja acessando fontes que consideram confiáveis ou sites de checagem, revelando maior cautela da população com o conteúdo que recebe.

O menor índice de compartilhamento de notícias falsas está entre os que estão localizados na Região Norte (33%), desempregados (35%), os que ganham até 2 salários-mínimos (36%) e os que possuem o Ensino Médio (36%). Já os maiores índices de compartilhamento foram apontados pelos que detém o Ensino Fundamental (60%) e possuem de 18 a 29 anos (55%).

O estudo foi realizado pela primeira vez em 2016, depois em 2018 e em 2024. Dessa forma, foi possível observar a mudança de comportamento da população em relação à busca por informação de qualidade com a disseminação da inteligência artificial.