Novas tecnologias avançam para reverter esse cenário

Um dos principais perigos que o uso do celular ao volante pode causar é a lentidão na reação do motorista. Segundo uma pesquisa da instituição inglesa RAC Foundation, o envio de mensagens enquanto se dirige retarda em 35% a resposta do motorista. Em uma situação de emergência, que demande uma reação instantânea, essa diferença no tempo de ação pode ser crucial para evitar um acidente.

De acordo com um levantamento realizado em 2024 pelo Portal do Trânsito, o uso do celular aumenta em 400% o risco de acidentes, sendo a terceira maior causa de mortes no trânsito no Brasil. Apenas nas rodovias federais, um acidente causado pelo uso do celular ocorre a cada três dias.

Dados: Para se ter uma ideia, no primeiro semestre de 2024, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou um aumento de 6,5% de mortes em acidentes de trânsito nas rodovias paranaenses em comparação com o mesmo período de 2023. Em 2023, foram registrados 65.176 acidentes nas rodovias federais, segundo estudo da Fundação Dom Cabral (FDC), que analisou dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ainda, o relatório mostrou um aumento de 12% no número de feridos nos acidentes.

Tecnologias têm avançado para mudar este cenário nas estradas, dentre elas as criadas pela startup Infleet, que está sendo acelerada pelo Google. Uma das maiores preocupações da empresa é a segurança dos motoristas.

Utilizando câmeras que monitoram tanto a estrada quanto o interior do veículo, a videotelemetria identifica comportamentos perigosos e imediatamente emite um alerta ao condutor, promovendo uma ação corretiva em tempo real. Entre essas atitudes estão excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas e desrespeito às normas de trânsito. Além disso, sinais de sonolência, bocejos, uso de celular e até mesmo a presença de um cigarro aceso são monitorados, e intervenções imediatas são realizadas.

O nível de sensibilidade das câmeras é rigorosamente ajustado e testado para minimizar falsos eventos, garantindo uma elevada precisão e confiabilidade na detecção de comportamentos