“UESPI tem 200 disciplinas sem professores e Seduc tem 20 mil contratados e apenas doze mil efetivos”

Na manhã desta terça-feira(19), os representantes do governo, secretário da Fazenda Emídio Emílio Júnior e Washington Bonfim secretário Estadual do Planejamento estiveram presente na Assembleia Legislativa para apresentar os números do Estado referentes ao quarto trimestre de 2024.

Estavam presentes na audiência pública, os deputados Felipe Sampaio(MDB), presidente da Comissão de Fiscalização, Controle, Finanças e Tributação, deputados João Madison(MDB), Franzé Silva, (presidente da da ALEPI), deputado Gil Carlos(PT), deputada Simone Pereira(MDB), deputado Henrique Pires(MDB), deputado Warton Lacerda(PT), Deputado Dogim Félix(PP).

O Secretário de Fazenda começou explicando os números da Receita que teve um crescimento de 8,26% da receita, totalizada em 13.966 milhões, sendo que 1/3 da dessa receita é proveniente dos impostos arrecadados pelo Estado, a maior parte é proveniente do Fundo de Participação dos Estados e 15% da receita é oriunda de empréstimos contraídos pelo estado junto à rede de bancos financiadores.

O secretário de Fazenda garante que o Estado tem cumprido a lei de fiscal e o percentual mínimo a ser gasto com educação e saúde.

Representantes de categoria dos servidores do estado também se pronunciaram durante a audiência pública, Representando os policiais Vilobaldo e disse que é visível que o Estado está vivendo 40 anos em quatro mas que servidores estão muito insatisfeitos, que não se pode administrar um estado como quem administra uma empresa e citou que em 2014 o contingente de detentos do Estado era de 3.357 presos e agora em 2024 são 7234 presos e que o gastos destinados para penitenciário não dobrou assim como número de presos.

A representante dos trabalhadores na educação, professora Paulina falou do arrocho salarial que deixa o Piauí muito bem colocado em nível nacional com relação aos demais estados no que se trata ao cumprimento da lei fiscal. Paulina criticou a contratação temporária, citando números que enquanto são vinte mil trabalhadores da educação em contratação temporária, são apenas doze mil trabalhadores efetivo por falta de concurso. Ela disse ainda que o que se vive no Piauí é uma escravização dos servidores da Educação, que o governador Rafael Fonteles está empresariando a educação do Estado e escravizando os servidores, acrescentando que os professores não têm nenhum microcomputador para trabalhar e acrescentou que a Universidade Estadual do Piauí tem duzentas disciplinas que estão sem professores.

Representante dos trabalhadores da saúde disse que é vergonhoso o valor pago para os aposentados da secretaria de saúde e citou que o governo não explica claro a renúncia fiscal para alguns segmentos e o endividamento do estado. Citaram que a questão não é a capacidade de endividamento e sim a racionalidade com que esses endividamentos estão sendo feitos disse que o governador tem viajado para conhecer modelos de gestão que escravizam os trabalhadores.