86% da população de Teresina trafega por calçadas com obstáculos
93% dos habitantes da área urbana de Teresina residem em vias públicas que dispõem
de calçadas ou passeios, terceiro maior indicador entre as capitais do Brasil
Em continuidade à apresentação dos resultados do Censo Demográfico 2022, o IBGE divulga
agora um panorama da infraestrutura urbana do país, com informações territoriais que integram dados
populacionais e domiciliares, a partir de quesitos investigados na Pesquisa Urbanística do Entorno
dos Domicílios acerca de: existência de calçada ou passeio; existência de obstáculo na calçada;
existência de rampa para cadeirante; arborização nas vias; capacidade de circulação da via;
pavimentação da via; existência de bueiro ou boca de lobo; existência de iluminação pública; existência
de ponto de ônibus ou van; e vias sinalizadas para bicicletas.
Em 2022, a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, realizada pelo IBGE, registrou
que cerca de 756 mil moradores de áreas com características urbanas de Teresina, o equivalente a
93,14% daquela população, residiam em domicílios em vias públicas que tinham calçada ou passeio,
configurando-se como o terceiro maior indicador entre as capitais do Brasil, ficando atrás apenas
dos municípios de Goiânia/GO (98,03%) e Curitiba/PR (94,86%). Em Teresina, cerca de 54 mil
moradores residiam em vias que não dispunham de calçada ou passeio, o equivalente a 6,69%
daquela população. A disponibilidade de calçada/passeio nas vias públicas tem como principais pontos
positivos para a população: a segurança e conforto para os pedestres; o espaço inclusivo e
universalmente acessível; bem como representa saúde e qualidade de vida para os indivíduos.
Entre os municípios do estado do Piauí, o indicador de Teresina posicionava a capital na 22ª.
colocação. Os municípios do estado com os maiores indicadores foram: São Luís do Piauí (99,02%) e
o de Padre Marcos (98,59%). Merece destaque o município de Morro Cabeça no Tempo, que
apresentou o menor indicador do Piauí, onde 3,78% de seus moradores da área urbana tinham seu
domicílio com acesso a vias públicas com calçadas ou passeios. Esse indicador de Morro Cabeça
no Tempo também foi o sétimo menor entre os municípios de todo o país.
No tocante às unidades da federação, no Piauí, 83,15% dos moradores de áreas com
características urbanas residia em vias públicas onde existia calçada ou passeio, indicador pouco abaixo
do observado para o Brasil, que foi de 84,05%. Entre as unidades da federação, os maiores
indicadores ficaram com o Distrito Federal (92,86%), Goiás (92,64%) e São Paulo (91,61%). Por sua
vez, os menores indicadores ficaram com Amapá (57,08%) e Roraima (60,27%).
O indicador da existência de calçadas ou passeios nas vias públicas, bem como os demais
indicadores divulgados pelo IBGE na Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, fornecem
importantes elementos para o planejamento urbano municipal, bem como para a implementação e o
monitoramento de políticas públicas e programas de desenvolvimento urbano sustentável, subsidiando,
ainda, a tomada de decisões baseadas em evidências, em todos os níveis de governo. Merece ser
destacado que a produção de estatísticas e informações geoespaciais oficiais estão adequadas às
disposições contidas no Estatuto das Cidades (Lei n. 10.257, de 10.07.2001), bem como também na
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, estabelecida pelas Nações Unidas em 2015; e na
Nova Agenda Urbana, aprovada pelas Nações Unidas em 2016.
Cerca de 86% da população de Teresina trafega por calçadas com os mais diversos
obstáculos, maior indicador entre as capitais do país
Em 2022, no município de Teresina, 86,49% dos moradores de áreas com características
urbanas residiam em vias com calçadas nas quais haviam obstáculos, tais como árvores, postes,
buracos, desníveis etc, os quais dificultavam o livre tráfego de pedestres, oferecendo risco de acidentes,
especialmente para pessoas com mobilidade reduzida, idosos, gestantes e crianças. O indicador
registrado por Teresina constitui-se no maior entre as capitais brasileiras. São informações obtidas
pelo IBGE através Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, realizada por ocasião do Censo
Demográfico 2022.
Na população de Teresina, os mais prejudicados pela existência de obstáculos nas calçadas são
os quase 100 mil idosos e 87 mil crianças, representando quase 23% do total da população
residente na área urbana da capital, vivenciando no dia a dia um maior risco de acidentes ou
dificuldades de locomoção nas calçadas da cidade.
No Brasil, 65,22% dos moradores de áreas com características urbanas residem em vias nas
quais existem calçadas com obstáculos, indicador 21,27 pontos percentuais inferior ao observado
para Teresina. Na sequência de Teresina, entre os maiores indicadores das capitais do país, temos:
São Luís/MA (82,11%) e Palmas/TO (75,43%). Os menores indicadores ficaram com: Porto Alegre/RS
(35,07%) e Vitória/ES (38,25%).
No Piauí, 78,21% dos moradores de áreas com características urbanas residiam em vias nas
quais existiam calçadas com obstáculos, constituindo-se no segundo maior indicador entre os
estados brasileiros. Entre as unidades da federação, os maiores indicadores foram os de Sergipe
(78,30%), Piauí (78,21%) e Rio Grande do Norte (75,92%). Os menores indicadores foram os de
Roraima (40,78%), Amapá (45,95%) e Santa Catarina (51,82%).
Cerca de 12% dos moradores da área urbana de Teresina têm acesso a calçadas com
rampa para cadeirantes, sexto menor indicador dentre as capitais do país
A Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, realizada pelo IBGE em 2022, registrou
que 11,89% dos moradores de áreas com características urbanas em Teresina residiam em vias com
calçada que possuía rampa para cadeirantes, configurando-se no sexto menor indicador entre todas
as capitais brasileiras, ficando, inclusive, abaixo do indicador registrado para o Brasil, que foi de
15,20%. A existência de rampas para cadeirantes nas calçadas é essencial para a acessibilidade
urbana segura, inclusive com lei regulatória específica (Lei 10.098/2000) garantindo a sua instalação nas
cidades. O artigo 3º. da Lei da Acessibilidade diz que “o planejamento e a urbanização das vias públicas,
dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser concebidos e executados de forma a
torná-los acessíveis para todas as pessoas, inclusive para aquelas com deficiência ou com mobilidade
reduzida.”
As capitais brasileiras com os maiores indicadores de moradores tendo acesso a calçadas com
rampa para cadeirantes foram: Campo Grande/MS (55,65%) e Curitiba/PR (40,47%). Os menores
indicadores foram os de Manaus/AM (6,50%) e de Salvador/BA (6,89%).
No Piauí, 8,38% dos moradores de áreas com características urbanas tinham acesso a calçadas
com rampa para cadeirantes, sexto menor indicador entre as unidades da federação. Os maiores
indicadores entre os estados foram: Mato Grosso do Sul (41,05%) e Paraná (37,33%). Os menores
indicadores foram: do Amazonas (5,61%) e o de Pernambuco (6,19%).
No Piauí, um total de 68 municípios (30,4%) apresentou um indicador superior à média
observada para o estado do Piauí (8,38%), enquanto outros 156 municípios (69,6%) apresentaram
indicador inferior. Os municípios do estado com os maiores indicadores foram: Wall Ferraz (35,34%),
Pau D´arco do Piauí (29,77%) e Colônia do Piauí (27,97%).
Cerca de 42% dos moradores da área urbana de Teresina residem em vias públicas que
não tem arborização
Em 2022, a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, realizada pelo IBGE, apontou
que 42,32% dos moradores de áreas com características urbanas de Teresina residiam em vias
públicas que não tinham arborização, o equivalente a cerca de 342 mil pessoas. O indicador de
Teresina era o 14º. maior entre as capitais do país. A arborização das áreas urbanas traz diversos
benefícios à população, onde podemos destacar: a melhoria do bem-estar dos habitantes, oferecendo
diversos benefícios ambientais, sociais e econômicos; melhoria da qualidade do ar; redução da
amplitude térmica e de ilhas de calor; e a redução de deslizamentos de terra.
No Brasil, 33,73% dos moradores de áreas com características urbanas residiam em vias
públicas que não tinham arborização, o equivalente a cerca de 58,7 milhões de pessoas. Entre as
capitais do país, as que apresentaram maior indicador da população residindo em vias sem
arborização foram: São Luís/MA (65,68%), Salvador/BA (65,6%) e Rio Branco/AC (60,04%). Os
menores indicadores foram de: Campo Grande/MS (8,57%) e Goiânia/GO (10,32%).
No Piauí, 33,21% dos moradores de áreas com características urbanas residiam em vias que
não tinham arborização, o equivalente a cerca de 742 mil pessoas. Entre as unidades da federação, as
que apresentaram maior indicador foram: Sergipe (61,19%), Santa Catarina (58,77%) e o Acre
(57,81%). Por sua vez, os menores indicadores ficaram com: Mato Grosso do Sul (7,49%) e Distrito
Federal (15,54%).
Um total de 57 municípios piauienses (25,5%) apresentaram um indicador de moradores sem
acesso à arborização superior ao indicador registrado para o Piauí, enquanto 167 municípios (74,5%)
registrou um indicador inferior. Os municípios do estado com a maior proporção de moradores sem
acesso à arborização foram: Pau D´arco do Piauí (66,55%) e Canto do Buriti (65,78%). Por sua vez, os
municípios com as menores proporções foram: Aroeiras do Itaim (0,55%) e São José do Peixe
(4,16%).