Nesta quarta-feira (9), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, formalizou a assinatura do contrato para a construção do aguardado Terminal de Uso Privado (TUP) no Porto de Luís Correia, no litoral do Piauí. Com um investimento robusto de R$ 543,5 milhões, a obra promete não apenas modernizar a infraestrutura portuária da região, mas também impulsionar a economia.

De acordo com o governo do Estado, as obras deverão incrementar a arrecadação em R$ 300 milhões ao ano. A previsão é de que com o Porto, o Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí dobre em até 10 anos. O TUP de Luís Correia será multifuncional, com capacidade para movimentar uma ampla variedade de cargas, incluindo granel sólido mineral e vegetal, granel líquido e gasoso, além de carga geral e conteinerizada. A infraestrutura permitirá o recebimento de embarcações de até 60 metros de comprimento, 6 metros de calado e 11 metros de boca, ampliando as possibilidades de comércio e exportação na região.

O ministro celebrou a assinatura do contrato como um “um movimento importante para a construção da TUP” e destacou que esse é um avanço para o Estado que não contava com um porto e nem uma hidrovia. Silvio Costa Filho disse ainda que essa é uma mudança clara na economia do Piauí, que será ainda mais potencializada com essas grandes obras da infraestrutura.

Para o governador do Piauí, Rafael Fonteles, esse passo é fundamental para dar a credibilidade que o projeto merece. “Com o apoio do Ministério de Portos e Aeroportos e dos outros órgãos envolvidos, a gente vai conseguir, já no próximo ano, em uma modelagem de participação de Parceria Público Privada [PPP], colocar de pé tanto as obras quanto a operação do porto e do terminal para produção de hidrogênio verde (H2V), que vai ser uma revolução não apenas para o Piauí, mas para toda a região do Matopiba [região que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], que é a que mais cresce na agropecuária brasileira”, afirmou o governador.

Durante a cerimônia de celebração do acordo, o secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, agradeceu a parceria e afirmou que a assinatura do contrato de adesão é a etapa mais importante para o projeto nascer de forma oficial e institucional.

“As etapas seguintes, de licenciamento ambiental e estruturação do plano de negócio, são fundamentais, e nós estamos aqui à disposição para acompanhar as agendas, para contribuir e para poder efetivamente fazer com que o projeto avance”, disse.

Até o momento, já foram investidos R$ 35 milhões na fase inicial do projeto, que incluem a construção do pátio (R$ 16 milhões), da estrada de acesso (R$ 7 milhões) e da sede do terminal (R$ 12 milhões).