O deputado Gustavo Neiva (PP) criticou, na sessão plenária desta terça-feira (5) da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), a privatização da Agespisa (Empresa de Águas e Esgotos do Piauí). Ele argumentou que a empresa vencedora não cumpriu as metas na cidade de Teresina e não acredita que ela será eficiente no restante do estado.
O deputado disse que o processo de privatização tocado pelo governo de Rafael Fonteles (PT) não levou em consideração a opinião e argumentos dos municípios piauienses discordantes. “Várias cidades não concordam com a privatização do sistema: Parnaíba, Campo Maior, Floriano. São várias cidades. Foi um sistema adotado pelo Governo do Estado sem ouvir essas cidades que têm outra ideia. Até porque a concessão é dos municípios, e o Estado tem apenas a subconcessão”, disse.
Gustavo Neiva mostrou na tribuna da Alepi que Grupo Aegea, vencedora da privatização e que também detém o direito sobre o serviço em Teresina pela Águas de Teresina, foi autuada pelo descumprimento de índices acordados. “Se essa empresa, administrando o filé, que é a cidade de Teresina, está longe de cumprir o que ela própria propôs quando foi assinado o contrato, com cerca de 10% de déficit, imagina o Governo comemorar que daqui a 10 anos o abastecimento e esgotamento vai estar 100% contemplado”.
O parlamentar qualificou a privatização da Agespisa como uma tragédia, pois as empresas públicas têm fim social e são ainda mais importantes quando trabalham com um item fundamental para a vida, que é a água. “A Agespisa, sem dúvida nenhuma, marcou o nosso estado com muito trabalho, com corpo técnico de primeira qualidade, engenheiros, técnicos, funcionários, que trabalharam em prol do desenvolvimento do Piauí”, disse.