A informação é resultado de auditora da Semarh
A auditora fiscal ambiental Catharina Teixeira, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh), contestou dados do IBGE sobre lixões no estado durante entrevista ao programa Bom Dia Assembleia. Segundo o levantamento do instituto, 173 municípios piauienses ainda utilizam lixões como destino final de resíduos sólidos, mas, de acordo com Catharina, o número real é 189.
A discrepância, explicou a auditora, está na interpretação dos conceitos de aterro sanitário, aterro controlado e lixão. Práticas inadequadas como queima de resíduos e falta de controle de gases e chorume, comuns em alguns aterros classificados como “controlados”, os tornam lixões, conforme as definições legais. Desde 2022, a Semarh, em parceria com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público, trabalha no fechamento desses lixões. Até agora, 35 municípios regularizaram a destinação de resíduos, utilizando aterros licenciados em cidades como Água Branca, Altos e Buriti dos Lopes.
A previsão do estado é dobrar o número de lixões encerrados até 2025. Projetos como o novo aterro em Francisco Santos, que atenderá 35 municípios da região de Picos, e iniciativas similares em Floriano e Piripiri devem ampliar a capacidade de destinação adequada de resíduos no Piauí. Buriti dos Lopes, por exemplo, já opera recebendo resíduos industriais e de saúde, além dos domésticos.
A Semarh também foca na inclusão social dos catadores que dependem dos lixões. Um acordo firmado com o Ministério Público do Trabalho prevê capacitação e integração desses trabalhadores em novas centrais de triagem ou aterros licenciados.