83% das calçadas de Teresina tem obstáculos para transeuntes
No Piauí, em 2022, 83,9% dos moradores de favelas e comunidades urbanas residiam em vias
que possuíam calçadas, maior indicador entre os estados do país. Contudo, esse indicador está abaixo
da média observada para os moradores que residem fora das favelas e comunidades no estado, que foi
de 93,28%, uma diferença de 9,38 pontos percentuais. A disponibilidade de calçada/passeio nas vias
públicas tem como principais pontos positivos para a população: a segurança e conforto para os pedestres;
o espaço inclusivo e universalmente acessível; bem como representa saúde e qualidade de vida para os
indivíduos. Os dados apresentados são da Pesquisa Urbanística do Entorno de Domicílios de Favelas
e Comunidades Urbanas, realizada no Censo Demográfico 2022.
No Brasil, a média observada foi de 53,53% dos moradores de favelas e comunidades urbanas
residindo em vias nas quais havia calçada, contra uma média de 89,13% de moradores residindo fora
daquelas localidades com acesso a calçada, uma diferença de 35,6 pontos percentuais. Os maiores
indicadores de moradores em favelas e comunidades urbanas residindo em vias com calçadas foram os
dos seguintes estados: Piauí (83,9%), Sergipe (83,24%), Maranhão (76,15%) e Rio Grande do Norte
(73,86%). Os menores indicadores ficaram com: Roraima (16,81%), Mato Grosso do Sul (17,35%) e
Amapá (19,36%).
Favelas e Comunidades Urbanas no Piauí e no Brasil
O Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2022 revelou que havia 173 favelas e
comunidades urbanas no estado do Piauí, o que representava 1,40% do total de 12.348 favelas
registradas em todo o país. A unidade da federação com o maior quantitativo de favelas era São Paulo,
com 3.123 favelas, o que significa que uma a cada quatro favelas do país (25,29%) estava situada naquele
estado. Na sequência vinha o Rio de Janeiro, com 1.724 favelas (13,96%) e Pernambuco, com 849 favelas
(6,88%). Os menores quantitativos de favelas no país estavam em Roraima, com 10 favelas (0,08%), e no
Mato Grosso do Sul, com 31 favelas (0,25%). O número de favelas no Piauí é o segundo menor da
região Nordeste, ficando somente acima do que foi registrado para o Rio Grande do Norte, com 101
favelas (0,82%). Dentre os estados da federação, o Piauí tem o 16º. maior quantitativo de favelas do
país.
Em 2022, o Censo Demográfico registrou um total de 199.044 pessoas residindo em favelas ou
comunidades urbanas no Piauí, o equivalente a 1,21% do total de 16,4 milhões de pessoas que residiam
em favelas ou comunidades urbanas em todo o Brasil. Entre as unidades da federação, as que detém os
maiores quantitativos de moradores em favelas ou comunidades urbanas são: São Paulo, com 3,6 milhões
de pessoas (22,15%); Rio de Janeiro, com 2,1 milhões de pessoas (13,07%), e o Pará, com 1,5 milhão de
pessoas (9,30%). Por sua vez, os menores quantitativos ficaram com o Mato Grosso do Sul, com 16,6 mil
pessoas (0,10%), e Roraima, com 16 mil pessoas (0,10%). O Piauí ocupava a 6ª. posição entre os estados
da região Nordeste com o maior quantitativo de pessoas morando em favelas ou comunidades urbanas
e a 14ª. posição entre os estados do país.
Teresina concentra 98% das favelas e comunidades urbanas do Piauí
Em 2022, o Censo Demográfico do IBGE registrou 173 favelas ou comunidades urbanas no estado
do Piauí, sendo 170 delas em Teresina, o equivalente a 98,26% do total de favelas e comunidades
urbanas do estado. Registraram-se, também, 2 favelas ou comunidades urbanas em Picos (1,15%) e 1
em Parnaíba (0,59%). No Brasil, um total de 656 municípios registraram favelas ou comunidades
urbanas, onde o município de São Paulo foi o que apresentou a maior quantidade, com 1.359 favelas ou
comunidades urbanas; seguido do município do Rio de Janeiro, com 813; e de Fortaleza, com 503. O
município de Teresina ocupa a 11ª. colocação entre os municípios com o maior quantitativo de favelas
ou comunidades urbanas no país.
O que são consideradas Favelas e Comunidades Urbanas
Favelas e comunidades urbanas são territórios populares originados das diversas estratégias
utilizadas pela própria população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas
necessidades de moradia e usos associados em atividades como o comércio, serviços, lazer, cultura, entre
outros, diante da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à
garantia do direito à cidade.
Nas favelas e comunidades verifica-se a predominância de domicílios com graus diferenciados
de insegurança jurídica da posse do imóvel e a existência de, pelo menos, um dos seguintes critérios:
a) ausência ou oferta incompleta e/ou precária de serviços públicos por parte das instituições competentes;
b) predomínio de edificações, arruamento e infraestrutura que usualmente são autoproduzidos e/ou se
orientam por parâmetros urbanísticos e construtivos distintos dos definidos pelos órgãos públicos; e c)
localização em áreas com restrição à ocupação definidas pela legislação ambiental ou urbanística ou em
sítios urbanos caracterizados como áreas de risco ambiental.
Cerca de 83% dos moradores de favelas e comunidades urbanas piauienses residem em vias cujas calçadas possuem obstáculos ao livre trânsito dos
pedestres, maior indicador do país
Em 2022, no Piauí, 82,5% dos moradores de favelas e comunidades urbanas residiam em vias
cujas calçadas possuíam obtáculos ao livre trânsito das pessoas, sendo o maior indicador entre os
estados do país. Contudo, esse indicador está abaixo da média observada para os moradores que
residiam fora das favelas e comunidades no estado, que foi de 86,1%, uma diferença de 3,6 pontos
percentuais. A existência de obstáculos nas calçadas, tais como árvores, postes, buracos, desníveis etc,
dificultam o livre tráfego de pedestres, oferecendo risco de acidentes, especialmente para pessoas com
mobilidade reduzida, idosos, gestantes e crianças. Os dados apresentados são da Pesquisa Urbanística
do Entorno de Domicílios de Favelas e Comunidades Urbanas, realizada no Censo Demográfico
2022.
No Brasil, a média observada foi de 49,77% dos moradores de favelas e comunidades urbanas
residindo em vias cujas calçadas possuíam obstáculos, contra uma média de 66,81% de moradores
residindo fora daquelas localidades, uma diferença de 17,04 pontos percentuais. Os maiores
indicadores de pessoas residindo em favelas e comunidades urbanas em vias com calçadas que
possuíam obstáculos foram os dos seguintes estados: Piauí (82,5%), Sergipe (79,9%) e Maranhão
(73,77%). Os menores indicadores ficaram com: Roraima (8,88%), Mato Grosso do Sul (15,92%) e
Amapá (17,32%).
Cerca de 13% dos moradores de favelas e comunidades urbanas piauienses
residem em vias que contam com bueiros para escoamento de água das chuvas,
terceiro menor indicador do país
No Piauí, em 2022, 13,45% dos moradores de favelas e comunidades urbanas residiam em vias
que possuíam bueiros ou bocas de lobo para o escoamento de água, terceiro menor indicador entre os
estados do país. Contudo, esse indicador está abaixo da média observada para os moradores que
residiam fora das favelas e comunidades no estado, que foi de 18,73%, uma diferença de 5,28 pontos
percentuais. A existência daqueles equipamentos de escoamento de água nas vias públicas urbanas é de
suma importância, pois evita alagamentos e acúmulo de água que podem causar danos às pessoas,
infraestrutura e propriedades nas vias públicas, bem como também colaboram para evitar a proliferação
de mosquitos e outros vetores de doenças. Os dados apresentados são da Pesquisa Urbanística do
Entorno de Domicílios de Favelas e Comunidades Urbanas, realizada no Censo Demográfico 2022.
No Brasil, a média observada foi de 45,07% dos moradores de favelas e comunidades urbanas
residindo em vias nas quais havia bueiro ou boca de lobo, contra uma média de 61,66% para os moradores
residindo fora de favelas ou comunidades urbanas, uma diferença de 16,59 pontos percentuais. Os
maiores indicadores de moradores em favelas e comunidades urbanas residindo em vias com bueiro ou
boca de lobo ficaram com os seguintes estados: Sergipe (62,55%), Santa Catarina (61,48%) e Espírito
Santo (59,08%). Os menores indicadores ficaram com: Mato Grosso do Sul (5,95%), Amapá (12,55%) e
Piauí (13,45%).
Cerca de 88% dos moradores de favelas e comunidades urbanas piauienses residem em
vias pavimentadas, segundo maior indicador do país
No Piauí, em 2022, 88,44% dos moradores de favelas e comunidades urbanas residiam em vias
pavimentadas, representando o segundo maior indicador entre os estados do país. Contudo, esse
indicador está abaixo da média observada para os moradores que residiam fora das favelas e
comunidades no estado, que foi de 95,48%, uma diferença de 7,04 pontos percentuais. Na pesquisa foram
consideradas vias pavimentadas aquelas cuja cobertura era feita de asfalto, cimento, paralelepípedos,
calçamento poliédrico etc. Os dados apresentados são da pesquisa do Entorno de Domicílios de Favelas
e Comunidades, realizada no Censo Demográfico 2022.
No Brasil, a média observada foi de 77,8% dos moradores de favelas e comunidades urbanas
residindo em vias pavimentadas, contra uma média de 91,58% de moradores residindo fora daquelas
localidades, uma diferença de 13,78 pontos percentuais. Os maiores indicadores de pessoas residindo
em favelas e comunidades urbanas em vias pavimentadas foram os dos seguintes estados: Bahia
(91,86%), Piauí (88,44%) e Amazonas (87,77%). Os menores indicadores ficaram com: Mato Grosso do
Sul (14,48%), Roraima (21,71%) e Tocantins (42,22%).
Cerca de 91% dos moradores de favelas e comunidades urbanas piauienses
residem em vias com capacidade para tráfego de ônibus e caminhões, segundo
maior indicador do país
Em 2022, no Piauí, 90,71% dos moradores de favelas e comunidades urbanas residiam em vias
que possuíam capacidade para o tráfego de caminhões e ônibus, segundo maior indicador entre os
estados do país. Contudo, esse indicador está abaixo da média observada para os moradores que
residiam fora das favelas e comunidades no estado, que foi de 96,55%, uma diferença de 5,84 pontos
percentuais. Quanto maior a capacidade do porte dos veículos que trafegam nas vias, melhor será o
acesso da população a serviços públicos, como a coleta de lixo, ambulância, bombeiros etc, sendo
importante também para a mobilidade e acessibilidade de pedestres e veículos em geral, e um
importante fator de segurança e desenvolvimento econômico para a comunidade. Os dados
Urbanas, realizada no Censo Demográfico 2022.
No Brasil, a média observada foi de 61,6% dos moradores de favelas e comunidades urbanas
residindo em vias com capacidade de tráfego de caminhões e ônibus, contra uma média de 93,13% para
os moradores residindo fora daquelas localidades, uma diferença de 31,53 pontos percentuais. Os
maiores indicadores de pessoas residindo em favelas e comunidades urbanas em vias com capacidade
de tráfego para caminhões e ônibus foram os dos seguintes estados: Tocantins (90,83%), Piauí (90,71%)
e Rondônia (89,07%). Os menores indicadores ficaram com: Amapá (37,9%), Bahia (44,73%) e Rio de
Janeiro (45,08%).
