Em São Paulo, Mourão defende participação da Huawei no leilão do 5G
- Política Nacional Tecnologia
- Jardenya Bezerra
- 8 de dezembro de 2020
No evento comemorativo da Associação Comercial de São Paulo, vice-presidente disse que seria mais barato manter a empresa chinesa
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), participou, na manhã segunda-feira (7/12), do evento comemorativo aos 126 anos da Associação Comercial de São Paulo. Além da presença na abertura, Mourão inaugurou o Espaço Lincoln da Cunha Pereira, uma homenagem ao ex-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), falecido neste ano.
Na palestra sob o tema “Conselho Nacional da Amazônia Legal e o Desenvolvimento da Região”, o vice-presidente fez um apanhado de diversos temas históricos e sobre questões nacionais. Ao iniciar o discurso, Mourão afirmou que em breve a vacina estará a disposição do povo brasileiro e tudo “voltará à naturalidade”.
“Brevemente voltaremos a estar reunidos como antes, pois vamos dispor da vacina que será distribuída em todo território nacional. Esperamos ter, até 2021, 150 milhões de brasileiros vacinados e, consequentemente, vamos retomar a naturalidade em nossas vidas.”
O discurso corrobora a fala do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que pretende adquirir mais de 150 milhões da AstraZeneca, vacina desenvolvida com a Universidade de Oxford (Reino Unido) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Implantação do 5G
Durante a palestra, Mourão sugeriu a possibilidade de conceder permissão de participação da Huawei no leilão de 5G no país.
Mouro explicou que o leilão do 5G é de frequências. “Então, as nossas teles aqui devidamente estabelecidas vão competir pelas frequências já estabelecidas. Aí, tem um problema na questão da televisão aberta, que é transmitida por parabólicas e tem uma superposição de frequência”.
“Por conta disso, quem ganhar a frequência tem que fornecer um supressor de ruído. Mas a infraestrutura, ou seja, as torres, as infovias, isso é fornecido pelas empresas. Das cinco empresas do mundo, as duas maiores são chinesas. A terceira e a quarta colocadas são uma finlandesa e a outra sueca, Nokia e Ericsson. A quinta é americana Cisco”, enumerou.
Fonte : Metropoles