Deputados lamentam morte do ex-deputado Celso Barros

 Deputados lamentam morte do ex-deputado Celso Barros
Celso Barros foi deputado, presidente da OAB Piauí e jurista reconhecido do Brasil

A Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, deputados e servidores, lamentam com profundo pesar o falecimento do ex-deputado estadual Celso Barros Coelho, ocorrido nesta segunda-feira (10). Neste momento de pesar, a Assembleia Legislativa do Estado do Piauí se solidariza com a família e os amigos. Celso Barros Coelho foi deputado estadual que  prestou relevantes serviços ao nosso Estado como parlamentar e como grande jurista destacando-se no Brasil. Neste momento de dor nos solidarizamos a familiares e amigos pedindo a Deus que conforte os corações.

Franzé Silva – presidente da Assembleia Legislativa do Piauí

Deputado estadual constituinte, Celso Barros Coelho presidiu a OAB-PI por seis vezes, entre os anos de 1962 e 1974. O seu centenário foi comemorado no dia 20 de maio de 2022. Membro da Academia Piauiense de Letra, professor, jurista, político, nascido em Pastos Bons, Estado do Maranhão, a 11-05-1922. Bacharelou-se em 1952 pela Faculdade de Direito do Piauí. Ingressou no corpo docente dessa Faculdade Federal como professor de Direito Civil. Em seguida, passou a professor titular dessa matéria na Universidade Federal do Piauí. A Assembleia chegou a realizar uma homenagem pelos 100 anos de Celso Barros em maio do ano passado, por proposição do deputado Wilson Brandão (Progressistas).

“Recebemos, com tristeza, a notícia do falecimento do jurista e ex-presidente da OAB-PI, Celso Barros Coelho, grande defensor da democracia e do acesso à justiça. Minha solidariedade aos amigos e familiares, na pessoa do presidente da OAB, Celso Barros Coelho Neto”, acrescentou o presidente da Alepi através de suas redes sociais.

Celso Barros Coelho iniciou seus estudos em 1938, aos 16 anos, no Seminário Menor de Teresina, do qual foi seminarista até 1945. Dali, começou a sua sólida formação, com domínio do latim, grego, francês, italiano e espanhol, além de ser profundo conhecedor da língua portuguesa e da literatura brasileira e universal. Após a conclusão do Seminário, adveio logo convite da Igreja Católica para morar na Itália, o qual teve que recusar, pela impossibilidade de sair do Brasil, naquele período, haja vista ser órfão de pai e, sendo o primogênito, por considerar-se, ao lado de sua mãe, também responsável pelo destino dos irmãos. Permaneceu em Teresina e iniciou a sua brilhante carreira no magistério, no nível primário e secundário, sendo Professor do próprio Seminário Menor de Teresina, Colégio Diocesano, Colégio das Irmãs, Liceu Piauiense, Colégio Demóstenes Avelino e Escola Normal Antonino Freire, com as disciplinas de português, francês, latim e grego.

Graduou-se na UFPI em 1952, aos 30 anos de idade. Acumulou uma exuberante cultura jurídica, demonstrada nas aprovações de concursos públicos para Juiz de Direito, Promotor de Justiça, Auditor e Procurador Federal (cargo em que é aposentado) e de Professor da UFPI, titularizando-se na cátedra de Direito Civil até 1992, quando foi aposentado compulsoriamente pela idade (70 anos). Antes, por alguns anos, foi Professor de Direito Civil convidado da Universidade Nacional de Brasília (UNB).

Advogado por 65 anos, presidiu a OAB Piauí por 11 anos e notabilizou-se como grande criminalista na década de 1960. Ao enveredar para a política partidária, foi Deputado Estadual eleito, com mandato cassado pela Ditadura de 1964, e Deputado Federal por dois mandatos, sendo vice-líder e líder dos partidos aos quais se filiou. Merece destaque, outrossim, o lado intelectual, na imortalidade granjeada na Academia Piauiense de Letras, da qual foi Presidente, sendo o mais longevo acadêmico, e nas suas dezenas de obras jurídicas, filosóficas e de cunho político e social.

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