Chegada da Shein e Shopee ao Nordeste impacta comércio eletrônico

 Chegada da Shein e Shopee ao Nordeste impacta comércio eletrônico

Hand holding credit card and using laptop with smartphone for paying shopping online

Pedro Baron, Diretor do Melhor Envio, logtech especializada em gestão de fretes, analisa as oportunidades e desafios das gigantes asiáticas e explica como as novidades podem afetar os lojistas e consumidores locais

Em junho, em meio a discussão sobre a taxação de compras internacionais de até U$ 50, a chinesa Shein anunciou parceria com o governo brasileiro para abrir 2 mil fábricas, gerar 100 mil empregos e investir cerca de R$ 750 milhões no país. Na contramão de outras empresas globais, onde o ponto de partida no Brasil é o Sudeste, a gigante chinesa divulgou que irá iniciar sua produção no Rio Grande do Norte, em parceria com a fábrica da Coteminas em Macaíba, Natal. Enquanto isso, a singapurense Shopee também decidiu investir na região e expandiu seus centros de distribuição para o local. A promessa da companhia é que as encomendas cheguem em até 24 horas aos consumidores do Ceará, a depender da origem.

Mas como a chegada das gigantes asiáticas irá impactar o comércio eletrônico e a logística do Nordeste? 

Para Pedro Baron, especializada em gestão de fretes, a novidades trarão oportunidades e desafios logísticos para as marcas, mas são sinais positivos tanto para os lojistas como para os consumidores locais: “A Shein, por exemplo, é uma empresa conhecida por sua rápida resposta às tendências da moda, lançamentos frequentes e uma ampla variedade de produtos. Para garantir o atendimento eficiente à demanda do mercado, diversos aspectos logísticos precisarão ser considerados e ajustados para se adequarem à operação na região”.

Contando que uma das principais reclamações dos consumidores nordestinos envolve o tempo de espera do recebimento de mercadorias, a promessa da Shopee de entregar mercadorias em até 24 horas também gerou grandes expectativas. “O principal motivo dessa demora é a infraestrutura de transporte, que pode ser menos eficiente em algumas regiões do nordeste. Estradas precárias, falta de investimento em portos e aeroportos, bem como a distância entre os centros de distribuição e as áreas mais remotas, podem impactar diretamente o prazo de entrega. Além disso, fatores climáticos, como as chuvas intensas durante certas épocas do ano, podem causar atrasos nas operações logísticas e prejudicar a agilidade dos envios. Se as marcas asiáticas conseguirem melhorar esse tempo de espera do recebimento de mercadorias será um grande avanço para os demais negócios online”, explica o especialista.

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