Ministério Público processa Estado por irregularidades no Hospital Areolino de Abreu

 Ministério Público processa Estado por irregularidades no Hospital Areolino de Abreu

MPPI ingressa com Ação Civil Pública contra Estado para que sejam corrigidas irregularidades no Hospital

O Ministério Público do Estado do Piauí, por meio da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina especializada na defesa da saúde pública, ingressou nessa terça-feira (25), com ação civil pública com pedido de tutela de urgência em face do Estado do Piauí, requisitando que sejam sanadas as irregularidades encontradas no Hospital Areolino de Abreu. A ACP foi assinada pelo Promotor de Justiça Eny Marcos Pontes.

A ação decorre de várias inspeções realizadas pelo Conselho Regional de Medicina e pela Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (DIVISA), onde foram encontradas irregularidades nos âmbitos estruturais e na prestação de serviço.

Dentre as irregularidades, foi identificada a necessidade de uma ampla reforma na unidade, pois em vários locais há calhas furadas, infiltrações, mofo, fiações elétricas expostas e inadequações nos postos de enfermagem. Além disso, não existe um plano de tratamento multiprofissional individual para cada paciente e faltam equipamentos para os profissionais dos setores de odontologia e fisioterapia exercerem atividades.

Nas vistorias, também se verificou carência de profissionais, a quantidade de médicos é insuficiente para os pacientes, assim como há uma baixa cobertura assistencial da psicologia, contrariando a legislação vigente.

A Promotoria, diante desse cenário, considerou que há no Hospital Areolino de Abreu descaso e negligência para com a segurança dos pacientes, profissionais e usuários, restando ingressar com a ação, uma vez que o Estado não tem demonstrado, ao longo do tempo, interesse em proporcionar condições adequadas para prestação regular do serviço hospitalar, de forma eficiente e segura.

O MPPI, portanto, pleiteia ao Judiciário que sejam corrigidas as diversas irregularidades pontuadas nos relatórios de Inspeção Sanitária da DIVISA e no Relatório de Vistoria do CRM. Quanto aos itens obrigatórios, deve-se: reformar áreas degradadas; elaborar planos de contingência com propostas que fogem da normalidade; adotar a prática de discussão sistemática dos resultados das visitas técnicas com a liderança e profissionais; notificar aos órgãos de gestão do SUS, os casos diagnosticados ou suspeitos de doenças de notificação compulsória; elaborar o plano de segurança do paciente e elaborar o protocolo de atendimento das patologias de maior prevalência, gravidade ou risco, com base nas boas práticas de evidências científicas.

Por fim, o MPPI ressalta que, caso não sejam realizadas as devidas adequações, seja fixada multa diária.

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