Os ministros Sônia Guajajara e Wellington Dias participam do evento em Lagoa de São Francisco.
O Piauí ganha, nesta quarta-feira (30), o primeiro museu dedicado à cultura e ancestralidade dos povos indígenas. O Museu Anízia Maria dos Povos Tabajara e Tapuio-Itamaraty, com sede na comunidade Nazaré, em Lagoa de São Francisco, a 208 km de Teresina, traz registros importantes de povos originários do território piauiense. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, vão participar deste momento histórico.
Na comunidade Nazaré residem 450 indígenas dos povos Tabajara e Tapuio-Itamaraty. A construção do prédio, com investimento de R$ 739.518,38 do Tesouro Estadual, é simbólica e marca a valorização das etnias e o reflexo da participação delas na cultura piauiense como um todo.
Para o cacique Henrique Manoel, diretor dos Povos Originários da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), o local é representativo. “O museu, para nós, é de grande importância porque vai estar guardada nossa história e cultura dos antepassados de todos os povos indígenas do Piauí. Se você quiser fazer uma pesquisa, vai ter foto e nossa história contada. A diretoria do próprio museu vai ter a iniciativa de fazer esse resgate. Terão artefatos, costumes e etnias”, revela o gestor.
O museu possui um espaço de cerca de 380 m². O espaço cultural dispõe de área de exposição de artigos e itens da comunidade, sala administrativa, banheiros sociais e quarto de hóspedes.
O museu buscará manter viva a cultura indígena piauiense e estimular a construção do patrimônio cultural, promovendo, de forma efetiva, a divulgação da riqueza antropológica dos povos originários do Piauí.
Telessaúde em Lagoa do São Francisco
Paralelo à inauguração do Museu Anízia Maria dos Povos Tabajara Tapuio-Itamaraty, o Governo do Estado do Piauí, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), vai expandir o Programa Piauí Saúde Digital para o município de Lagoa de São Francisco.
A iniciativa tem como objetivo melhorar o acesso à saúde para toda a população, em especial para as populações vulneráveis, como povos indígenas, pessoas com deficiência e população de baixa renda. Em Lagoa de São Francisco, são 6.331 habitantes, dos quais 681 são indígenas, ou seja, 10,76% dos moradores.
O programa irá disponibilizar equipamento de eletrocardiograma ECG em uma unidade básica de saúde do município (das três unidades existentes), bem como atendimento de clínico geral e especialistas por teleconsultas.
Os exames serão realizados por profissionais de saúde locais e os laudos serão emitidos por médicos especialistas, por exemplo, a distância, sem perda de informações por meio da integração e interoperabilidades entre os sistemas federal, estadual e municipal.