Governador Rafael corta salários de Doutorandos da UESPI

 Governador Rafael corta salários de Doutorandos da UESPI
Na lista dos 63 professores escolhidos para terem salários cortados em decorrência da greve na Universidade Estadual do Piauí – UESPI, alguns estão de licença para capacitação, através de portaria do Conselho Administrativo e de Planejamento da UESPI – Conaplan, pulicadas no Diário Oficial do Estado, mas mesmo assim tiveram seus salários cortados em 70% no mês de fevereiro.
O número exato de quantos docentes afastados para doutorado ou outros cursos não foi fornecido pela Universidade. Mas no vídeo tem-se o depoimento de quatro destes professores, uma delas é Daiane Rufino, concursada na UESPI há 12 anos. “Estes docentes não podem ser punidos por falta ao trabalho, não estamos em greve, estamos estudando, nos qualificando. A legislação da própria universidade nos dá o direito de afastamento para cursar doutorado, portanto é uma atitude arbitraria, onde o mesmo estado que nos concede a licença, nos pune por ela”, argumenta a professora.
A retenção de salários e a privação de verbas alimentares acontece após o reconhecimento, em processos, pela Secretaria de Administração do Estado e pela Pro-reitoria de Administração da UESPI, da licença capacitação e também do direito à restituição do corte salarial feito no mês de janeiro. “A forma como o governo tem se portado durante a greve nos tortura ao produzir insegurança jurídica, econômica e emocional de forma intencional”, desabafa a professora Rebeca Hennemann, que está de licença para doutorado desde início do ano.
O professor Rene Aquino, docente da instituição há 18 anos, disse que a Uespi vive um momento crítico com incêndios, alagamentos, uma grande evasão de alunos e neste cenário de descaso, um grupo de professores tem sido seletivamente escolhidos para terem cortes em seus vencimentos. “Até onde se sabe, praticamente toda a UESPI está sem as atividades de ensino, mas, por dois meses seguidos, os mesmos professores sofreram descontos, inclusive professores que estão afastados. Como colocar falta em apenas um professor de um mesmo curso, se todos estão em greve? Como colocar falta em professores que estão legalmente licenciados? A palavra fica com os gestores”, questiona o professor.
Além de novos processos administrativos, os professores licenciados estão recorrendo através de ações judiciais para reparo de danos financeiros, morais e psicológicos causados pelos cortes salarias em dois meses consecutivos. Eles também pedem que a reitoria da Universidade apure as responsabilidades de quem indicou os nomes dos docentes para corte salarial, uma vez que é a própria Uespi que autoriza o afastamento.

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