
Francisco Limma repudia uso de dados do IBGE
“O Piauí da realidade é o da fome”, diz Gustavo Neiva
O deputado Gustavo Neiva (PP), durante a sessão plenária desta terça-feira (14) da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), criticou o Governo do Estado por, em suas palavras, mostrar um Piauí que não existe e esquecer de ajudar a população no básico, como no acesso à água.
“Temos dois Piauís: o da propaganda, com porto, hidrovia, inteligência artificial, o Piauí próspero, desenvolvido, o bom de se viver. E o Piauí real: o da sede, onde não existe água nas torneiras. Água é um direito básico, que com a privatização da Agespisa foi retirado do povo”, afirmou
O parlamentar expôs que grande parcela da população depende de carros-pipa para sobreviver e que com a privatização da Agespisa “as coisas pioraram sensivelmente”. Neiva relatou que muitos prefeitos estão entrando na justiça, pois “estão vendo seus munícipes padecendo por falta de água”.
Gustavo Neiva ainda repercutiu matéria publicada no site UOL que aponta, a partir de dados do IBGE, que 40% da população do Piauí vive em insegurança alimentar. “Que Piauí queremos? O da propaganda ou o da água encanada, da saúde pública e da educação?”, questionou.
Durante a sessão plenária desta segunda-feira (13), o deputado Francisco Limma (PT), repercutiu informações publicadas por um portal de notícias do Piauí acerca dos índices de fome no Estado. O parlamentar leu nota de repúdio emitida pelo Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) sobre a repercussão midiática dos dados de insegurança alimentar divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira, 10 de outubro.
A nota esclarece que a pesquisa não aponta que 39,3% dos piauienses passam fome, como teria sido divulgado pelo portal de notícias. O pronunciamento explica que a escala de insegurança alimentar é classificada em três níveis: leve (preocupação/incerteza sobre o acesso a alimentos e redução da qualidade para não afetar a quantidade), moderada (falta de qualidade e redução da quantidade de alimentos entre adultos) e grave (falta de qualidade e redução de alimentos em todas as idades), sendo neste último caso caracterizado o conceito de “fome”.
O Ministério frisou, ainda, que o Piauí é um dos estados brasileiros que mais reduziram a fome, tendo chegado a 34% em anos anteriores e, conforme a escala do IBGE, alcançou 4% em 2024. Com essa queda de 88% da fome, o Piauí passa a ocupar o segundo menor índice do Nordeste, ao lado de Sergipe.
