O filme A Fúria, de Ruy Guerra, será lançado no final de 2023 e vem causando polêmica em grupos bolsonaristas
O cineasta Ruy Guerra afirmou, por meio de nota divulgada à imprensa, que as imagens do filme A Fúria simulando o assassinato do presidente Jair Bolsonaro (PL) foram retiradas de contexto “da história que será contada”.
“O fato ilegal neste caso é a divulgação de uma cena retirada do contexto da história que será contada. Esclarecidos estes fatos, o diretor Ruy Guerra avisa que só fala de seu filme quando estiver pronto, como ele sempre faz”, completa o comunicado.
Neste final de semana, imagens que sugerem o assassinato do chefe do Executivo começaram a circular por redes sociais bolsonaristas.
Alguns políticos associaram a produção à Globo, e até disseram que as gravações estariam sendo feitas nos Estúdios Globo (anteriormente chamado de Projac).
Políticos, como a deputada federal Carla Zambelli, o deputado estadual André Fernandes e o ex-secretário especial da Cultura, Mario Frias, publicaram as fotos e deixaram claro a suspeita sobre a Globo.
A emissora desmentiu as acusações e disse que “não interfere na gestão e nos conteúdos do canal.”
“A Globo desmente que pertençam a produções suas – seja para canal aberto, canais fechados próprios ou Globoplay – vídeo e fotos que estão circulando nas redes sociais de gravação de obra ficcional mostrando um atentado ao presidente da República. A Globo não tem nenhuma série, novela ou programa com esse conteúdo. Segundo foi informada, a gravação seria de um filme do cineasta Ruy Guerra chamado “A Fúria”, que pretende fechar a trilogia iniciada com “Os Fuzis”, de 1964, e “A Queda”, de 1976. O Canal Brasil tem uma participação de apenas 3,61% nos direitos patrimoniais desse filme, mas jamais foi informado dessas cenas e, como é praxe em casos de cineastas consagrados, não supervisiona a produção. Embora tenha participação acionária no Canal Brasil, a Globo não interfere na gestão e nos conteúdos do canal.”
metrópoles