Especialista alerta sobre a saúde mental de crianças e adolescentes

 Especialista alerta sobre a saúde mental de crianças e adolescentes

 

Não saber lidar com os anseios é um dos principais problemas da saúde mental na atualidade. “Seja com ansiedade ou depressão. A humanidade, hoje, se vê adoecida no sentido de que não sabe lidar com seus anseios, desejos, frustrações e, cada vez mais, a sociedade vai se moldando ao imediatismo”, afirma o psicólogo Carol Costa Júnior, especialista do Sistema Hapvida.

Com a disseminação da covid-19, este problema foi agravado e muitos profissionais afirmam que esta doença não é apenas do vírus, mas também de uma pandemia de medo e estresse que atinge em cheio crianças e adolescentes. Uma a cada 4 crianças apresentam sinais de ansiedade e depressão; além disso, o aumento de casos de suicídio e a chamada “síndrome da gaiola”, – medo de sair de casa – são algumas das questões que preocupam especialistas. Os dados são de um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP). A pesquisa monitorou 7 mil crianças e adolescentes em todo o país.

“A situação da pandemia agravou. Existiam pessoas que já sofriam de ansiedade, depressão e síndrome do pânico que, agora, já vem com um gatilho mental de pessoas que estão apresentando compulsividade e mania de limpeza andando com álcool o tempo todo”, explica o psicólogo.

Há uma grande preocupação com a população infanto-juvenil por conta das consequências do isolamento e distanciamento social que deve ser quebrado com o retorno às aulas presenciais, ainda sob cuidados e protocolos mantendo distância. Entre as recomendações dos especialistas estão a organização de uma agenda que equilibre horários de estudos e tempo para brincar, evitando excessos de eletrônicos e internet. O contato com os avós, parentes e amigos e a regulação do acesso a notícias sobre a pandemia é outra indicação.
Além de procurar um especialista, confira alguns hábitos que podem ajudar a manter a saúde mental de crianças e adolescentes:

· Investir em exercícios e ações que auxiliem na redução do nível de estresse agudo (meditação, leitura, exercícios de respiração, entre outros mecanismos para situar o pensamento no momento presente);

· Manter ativa a rede socioafetiva, estabelecendo contato, mesmo que virtual, com familiares, amigos e colegas;

· Procurar, na medida do possível, investir em diversões conjuntas com eles. Gerenciar o tempo para o uso de telefones celulares e mídias virtuais;

· A rotina para as crianças é essencial. Procure fazer um planejamento adequando as tarefas de acordo com a idade. Defina horários para brincar, organizar o quarto e os brinquedos, comer, tomar banho, estudar, assistir televisão e claro, ter momentos de liberdade;

· Com adolescentes, o mais recomendado é auxiliar nas tarefas de casa, fazer um curso online, tarefas da escola e determinar um horário específico para ficar na internet etc. Em ambos os casos, é importante que você separe um tempo do seu dia para fazerem coisas em conjunto.

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