Energia e Inflação baixam

 Energia e Inflação baixam
IPCA: inflação oficial desacelera para 0,25% em janeiro, menor taxa desde agosto

Queda no preço da energia elétrica foi o que mais contribuiu para índice perder força. No acumulado em 12 meses, porém, IPCA tem alta de 4,56% e está acima da meta central para o ano, que é de 3,75%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, avançou 0,25% em janeiro, depois de ter subido 1,35% em dezembro, segundo divulgou nesta terça-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se da menor taxa mensal desde agosto de 2020 (0,24%), embora ela permaneça acima do centro da meta em 12 meses.

Os preços da energia elétrica iniciaram o ano em queda e ajudaram a aliviar a inflação. Por outro lado, alimentos e bebidas continuam a puxar os preços para cima, ainda que com menos força.

IPCA - Inflação oficial mês a mês — Foto: Economia G1

IPCA – Inflação oficial mês a mês — Foto: Economia G1

A inflação oficial de janeiro ficou abaixo da expectativa do mercado. Pesquisa da Reuters projetava um avanço de 0,31%.

Energia elétrica recua 5,6%

O item que mais contribuiu para a inflação perder força em janeiro foi energia elétrica, que teve queda de 5,60% e representou o maior impacto negativo no índice do mês (-0,26 ponto percentual).

“Após a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em dezembro, passou a vigorar em janeiro a bandeira amarela. Assim, em vez do acréscimo de R$ 6,243 por cada 100 quilowatts-hora, o consumidor passou a pagar um adicional bem menor, de R$ 1,343. O que resultou em uma deflação (-1,07%) no grupo Habitação, do qual esse item faz parte”, destacou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

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Alta em 7 dos 9 grupos pesquisados

A maior pressão veio mais uma vez do grupo Alimentação e bebidas, que registrou avanço de 1,02% em janeiro, embora tenha desacelerado a alta na comparação com dezembro (1,74%).

Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 7 tiveram avanço nos preços em janeiro. Confira:

  • Alimentação e bebidas: 1,02%
  • Habitação: -1,07%
  • Artigos de residência: 0,86%
  • Vestuário: -0,07%
  • Transportes: 0,41%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,32%
  • Despesas pessoais: 0,39%
  • Educação: 0,13%
  • Comunicação: 0,02%

Além dos custos com habitação, outro grupo que registrou deflação em janeiro foi o de Vestuário (-0,07%), após alta de 0,59% em dezembro, quando as vendas do setor tradicionalmente se aquecem em razão das festas de final de ano.

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