Jornalistas de Teresina serão incluídos na prioridade para vacinação

 Jornalistas de Teresina serão incluídos na prioridade para vacinação

A Prefeitura de Teresina vai incluir agentes da Guarda Civil Municipal (GCM), professores e jornalistas no grupo prioritário de vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19). A medida foi anunciada nesta segunda-feira (5) pelo prefeito Dr. Pessoa.

O gestor enfatiza que o objetivo é imunizar toda a população teresinenses mas, diante da escassez de vacinas disponibilizadas neste momento, é importante priorizar as categorias que seguem desenvolvendo suas atividades e, consequentemente, mais expostas ao vírus.

“Tive um fim de semana de reflexão. Estamos preparando um decreto que estabelece que guardas municipais serão vacinados com prioridade, professores serão vacinados com prioridade e jornalistas serão vacinados com prioridade”, declarou Dr. Pessoa.

O cronograma de vacinação destes profissionais ainda será definido e anunciado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), que tem coordenado a campanha de imunização na capital.

O gestor enfatiza que o objetivo é imunizar toda a população teresinenses mas, diante da escassez de vacinas neste momento, é importante priorizar as categorias que seguem desenvolvendo suas atividades.

O projeto será votado na Câmara de Vereadores de Teresina na quarta-feira(07)-data comemorativa do Dia do Jornalista.

O presidente do Sindicato dos Jornalista, Luis Carlos Oliveira, em entrevista ao Portal Política Piauí, ressaltou a deferência como importante conquista para a categoria que precisa atuar diariamente nos mais diversos ambientes para levar as informações para comunidade.

Deputados aprovam texto-base de projeto que amplia categorias prioritárias na vacinação

Ministério da Saúde já recebeu 45 pedidos para prioridade. Na lista dos que querem ser prioridade também estão os jornalistas. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) orientou seus sindicatos filiados a pedirem aos governos estaduais e municipais a inclusão entre as prioridades, lembrando, em nota, que o mesmo ocorreu na campanha da vacinação contra o H1N1.

Votação de propostas. Dep. Celina Leão(PP - DF)
Celina Leão é a relatora da proposta

A Câmara dos Deputados aprovou na semana passada o texto-base do Projeto de Lei 1011/20, que estabelece prioridade para 16 grupos dentro do plano de vacinação contra a Covid-19.

Devido a divergências sobre como fazer a votação dos destaques apresentados, o deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), na presidência dos trabalhos, aceitou ponderação da relatora, deputada Celina Leão (PP-DF), e transferiu essa votação para a próxima semana.

O texto original do projeto, de autoria do deputado Vicentinho Júnior (PL-TO) e outros, inclui nos grupos prioritários os caminhoneiros autônomos e profissionais do transporte de cargas e mercadorias. Já o texto-base da relatora também prioriza os trabalhadores de transporte coletivo rodoviário e metroviário de passageiros; as pessoas com doenças crônicas e que tiveram embolia pulmonar; e os agentes de segurança pública e privada, desde que estejam comprovadamente em atividade externa.

Após a apresentação de emendas em Plenário, Celina Leão incluiu ainda os profissionais das seguintes áreas:
– do Sistema Único de Assistência Social (Suas), das entidades e organizações de assistência social, e os conselheiros tutelares que prestam atendimento ao público;
– os trabalhadores da educação do ensino básico em exercício nos ambientes escolares;
– os coveiros, atendentes e agentes funerários;
– os profissionais que trabalham em farmácias;
– os oficiais de Justiça;
– os taxistas e os mototaxistas; e
– os profissionais de limpeza pública.

“Nós queríamos estar num país onde todos tivessem acesso à vacina. Só que este projeto parte da necessidade de termos pessoas que são prioritárias, estão na linha de frente da Covid-19”, disse Celina Leão.

Vicentinho Júnior afirmou que o projeto é apartidário e apenas quer dar prioridade a profissionais estratégicos para a sociedade brasileira. “Se o alimento e o remédio chegam à casa do brasileiro é porque os caminhoneiros trabalham de forma incansável para isso”, disse.

Apesar de reconhecer que o melhor seria haver vacinas suficientes para todos, o líder do PSB, deputado Danilo Cabral (PSB-PE), defendeu a listagem de profissionais que exercem atividades essenciais. “Nós precisamos fazer neste momento uma “escolha de Sofia” para garantir os serviços essenciais à população brasileira”, opinou.

Plano de imunização
O texto-base também enquadra no grupo prioritário os profissionais de saúde e funcionários que trabalham em ambiente hospitalar; as pessoas com deficiência; as pessoas idosas; e os indígenas.

Entretanto, essas pessoas estão, de certa forma, contempladas na prioridade do plano de imunização, que divide a população prioritária em 27 categorias, começando com pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas (em asilos, por exemplo); pessoas com deficiência institucionalizadas; povos indígenas vivendo em terras indígenas; trabalhadores de saúde; pessoas de 80 anos ou mais; e assim sucessivamente.

A população prioritária estimada é de cerca de 77 milhões de pessoas.

O PL 1011/20 altera a Lei 14.124/21, sobre regras para a compra de vacinas, seu registro perante a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a aplicação das doses conforme o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

Disputa
Para o deputado Henrique Fontana (PT-RS), a discussão sobre os grupos prioritários desvia o foco. “Tem que haver uma fila única que avance. Esse é o desespero do Brasil. E nós estamos desviando o foco. Nós estamos fazendo uma disputa como se colocando a categoria ‘a’ antes da categoria ‘b’ nós fôssemos resolver o problema que está sendo causado pelo presidente Bolsonaro, que já chegou a cancelar as compras de vacinas”, afirmou.

No mesmo sentido, o deputado Eduardo Cury (PSDB-SP) pediu mais cautela no debate do tema. “Considerar que uma profissão é prioritária depende muito da pessoa, se ela pode ou não permanecer em isolamento ou trabalhar remotamente, e isso tem de ser analisado com mais cuidado”, afirmou.

“Com tantas prioridades, quem ficará de fora?”, questionou o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS). “Vamos agir com racionalidade, porque é melhor garantir que aja mais vacinas para todos”, disse, referindo-se ao PL 948/21, que permite a compra de vacinas pela iniciativa privada.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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