População do Piauí é a que mais produz bens para o próprio consumo no Brasil

 População do Piauí é a que mais produz bens para o próprio consumo no Brasil

Brasil, São Paulo, SP. 24/04/2007. Vista da fachada da Sede do IBGE em São Paulo, no bairro do Itaim Bibi, zona sul da capital paulista. – Crédito:PAULO PINTO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:162262

Em 2022, no Piauí, cerca de 18,2% da população de 14 anos ou mais de idade estava
envolvida com a produção de bens para o seu próprio consumo, constituindo-se no maior
indicador do Brasil. As atividades para o próprio consumo envolvem: o cultivo, a pesca, caça e
criação de animais, produção de carvão, fabricação de roupas, cerâmicas, rede de pesca,
construção de casa/muro/telhado de sua própria casa etc.
De 2019 a 2022, houve uma queda na proporção da população piauiense ocupada na
confecção de bens de próprio consumo, tendo diminuído de 22,1% para 18,2%. Em termos de
quantidade de pessoas envolvidas naquela ocupação, em 2019 havia cerca 569 mil pessoas,
tendo caído em 2022 para 480 mil pessoas, redução da ordem de 89 mil pessoas. É o que aponta
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, em seu
módulo de pesquisa relativo a Outras Formas de Trabalho.
No Brasil, aproximadamente 6,8% da população se ocupa na produção de bens de próprio
consumo, o que representa cerca de um terço da média registrada para o Piauí. O estado com
a menor produção para o próprio consumo é o Rio de Janeiro, onde cerca de 1,9% da população
está envolvida.

Ao se ponderar a produção para o próprio consumo por sexo, temos que, no Piauí, os
homens estariam mais envolvidos naquela atividade do que as mulheres, pois 21,8% dos
homens e 14,9% das mulheres piauienses estariam ocupados na produção de bens para próprio
consumo. No tocante ao sexo, os indicadores do país também são menores que o do Piauí, pois
7,6% dos homens e 6,1% das mulheres brasileiras estariam envolvidos naquela atividade.
O grupo etário das pessoas de 25 a 49 anos é o que mais se ocupa da produção para o
próprio consumo no Piauí, representando 47,7% do total de pessoas envolvidas na atividade.
Na sequência vem as pessoas de 50 anos ou mais, com 40,2%, e as pessoas de 14 a 24 anos,
com 12,1% do total de pessoas.
No Piauí, percebe-se que quanto menor o grau de instrução da pessoa, maior o
envolvimento na realização de atividades para o próprio consumo. Assim, cerca de 28,4% das
pessoas sem instrução ou apenas com o ensino fundamental incompleto realizavam aquelas
atividades. Para as pessoas com ensino fundamental completo e médio incompleto esse
indicador era de 16,2%, enquanto para as de ensino médio completo e superior incompleto era
de 10,6%, e para as pessoas com ensino superior completo era de 3,9%.
No Piauí, 1 a cada 3 pessoas está envolvida na tarefa de cuidar de pessoas da
família ou de parentes e as mulheres se destacam na atividade
No Piauí, em 2022, cerca de 36,5% da população de 14 anos ou mais de idade estava
incumbida da tarefa de cuidar de pessoas da família ou mesmo de parentes. Esse indicador do
Piauí foi, inclusive, o maior dentre todos os estados do Brasil. Contudo, esse índice chegou a
apresentar uma redução em relação ao ano de 2019, quando chegou a atingir 40,1%. No ano de
2019, havia cerca de 956 mil pessoas no Piauí envolvidas no cuidado de outras pessoas, número
esse que se reduziu para 868 mil, em 2022, uma redução de 88 mil pessoas no período. São
informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do
IBGE, obtidas através do módulo de Outras Formas de Trabalho.
As tarefas envolvidas no cuidado de outras pessoas são, por exemplo: o auxílio em
cuidados pessoais como alimentar, vestir, auxiliar nos estudos, brincar e dar banho em crianças;
transportar pessoas da família para o médico, escola, exames de saúde, para atividades sociais;
cuidado de pessoas idosas e de pessoas com deficiência.
Em termos de Brasil, em 2022, as tarefas de cuidar de pessoas abrangia cerca de 29,3%
das pessoas de 14 anos ou mais de idade, indicador menor que o do Piauí em 7,2 pontos
percentuais. Esse indicador apresentou, inclusive, uma redução em relação ao ano de 2019,
quando atingiu 33,3% das pessoas. No país, em 2022, havia aproximadamente 45,7 milhões de
pessoas incumbidas de cuidar de outras pessoas. O estado com o menor indicador de cuidado
de outras pessoas foi Rondônia, com 23,2%.
A pesquisa mostra, também, que as mulheres estão mais envolvidas que os homens nas
tarefas de cuidados com os outros. Assim, no Piauí, 43,3% das mulheres de 14 anos ou mais de
idade estavam envolvidas naquelas atividades, enquanto os homens eram cerca de 29,2%, o
equivalente a 14,1 pontos percentuais a menos que as mulheres.
No Piauí, as pessoas que mais cuidam das outras está na faixa etária de 25 a 49 anos,
com 47,1% delas envolvidas nessas tarefas. A provável razão desse maior percentual para
aquele grupo etário é a presença de filhos nas famílias, os quais requerem, naturalmente, mais
atenção dos pais. O segundo grupo etário mais envolvido no cuidado das pessoas é o de 14 a
24 anos, com 33,4%, seguido do grupo etário de 50 anos ou mais de idade, com 23,3%.
91% das mulheres piauienses realizam afazeres domésticos. Se forem casadas, o
indicador aumenta para cerca de 97%, enquanto diminui para os homens
A realização de afazeres domésticos no Piauí, em 2022, era prática usual de cerca de
82% da população de 14 anos ou mais de idade. Esse indicador apresentou redução ao
observado no ano de 2019, quando chegou a 85,2% daquela população. Em termos
quantitativos, em 2022, aproximadamente 2,6 milhões de piauienses se envolviam com a
realização dos afazeres domésticos. São informações da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, no módulo de Outras Formas de Trabalho.
Os afazeres domésticos, objeto do estudo da pesquisa, envolvem: preparo dos alimentos,
lavar louças, cuidar da limpeza de roupas e sapatos, realização de pequenos reparos no
domicílio bem como do veículo próprio e de eletrodomésticos, limpeza do domicílio e do jardim,
pagamento de contas e o cuidado de animais domésticos.
No Piauí, no dia a dia, as mulheres se envolvem mais com os afazeres domésticos que
os homens. Assim, cerca de 91% das mulheres piauienses têm essa incumbência, enquanto
72,5% dos homens a têm, uma diferença de 18,5 pontos percentuais. É interessante observar
que, se a mulher ou o homem forem casados, a diferença se amplia. A mulher casada se envolve
mais ainda com os afazeres domésticos, passando a ser atividade para 96,6% delas, enquanto
que para os homens casados reduz para 70,2% deles. Em termos de Brasil ocorre o contrário
do percebido no Piauí, pois a participação dos homens que se casam aumenta, passando de
79,2% para 82,3%, e a das mulheres que se casam passa de 91,3% para 96%.
No Piauí, aumenta percentual de pessoas que se dedicam ao trabalho voluntário
O trabalho voluntário tem aumentado ano a ano no Piauí. Em 2016, cerca de 2,5% das
pessoas de 14 anos ou mais de idade se envolvia em atividades de caráter voluntário no estado,
número esse que chegou a 3,7%, em 2022. Em termos quantitativos, no Piauí, em 2016, havia
cerca de 65 mil trabalhadores voluntários, passando para 97 mil pessoas, em 2022, um
incremento de 32 mil pessoas no período de 6 anos. São dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, no módulo de Outras Formas de
trabalho.
O trabalho voluntário é aquele onde o indivíduo não recebe remuneração pelas atividades
realizadas em prol da sociedade, seja individualmente ou através de congregações religiosas,
sindicatos, condomínios, partidos políticos, escolas, associação de moradores, ONGs, grupos
de apoio, dentre outros.
No Brasil, a participação no voluntariado também tem aumentado. Em 2016, cerca de
3,8% das pessoas de 14 anos ou mais de idade havia realizado trabalho voluntário, número que
aumentou para 4,2% em 2022. O estado que apresentou o maior indicador de voluntariado foi o
Amapá, com 5,3% das pessoas. Por sua vez, o estado com o menor indicador foi Alagoas, com
2,3%.
No Piauí, a realização de trabalho voluntário aumenta com a idade. Assim, a faixa etária
da população que mais se envolve com o trabalho voluntário é a de 50 anos ou mais de idade,
com 4,2% do pessoal desse grupo etário. Na sequência vem a faixa etária de 25 a 49 anos, com
3,9%, e a faixa de 14 a 24 anos, com 2,3%.
No estado, as pessoas de maior nível de instrução, as de nível superior completo, são as
que mais se disponibilizaram para o trabalho voluntário, com 6% das pessoas com aquele nível
de formação. Na sequência vem as pessoas de nível médio completo e superior incompleto, com
3,6%; as pessoas sem instrução e fundamental incompleto, com 3,3%; e as pessoas com o
ensino fundamental completo e médio incompleto, com 2,9%.

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