Com Carnaval cancelado, como fica a saúde mental dos foliões?

 Com Carnaval cancelado, como fica a saúde mental dos foliões?

A ausência da festa pode impactar o emocional dos brasilienses que consideram a folia como um marco para o início do ano

Sem frevo, blocos e trios elétricos, o cancelamento do Carnaval este ano deixou milhares de foliões com saudade da festa. A ausência do festejo, pela primeira vez desde que a farra teve início na história do país, pode causar abalos no emocional dos carnavalescos, principalmente entre aqueles que apostam na válvula de escape para começar o ano e cultivam afeto pela tradição. A festa foi suspensa por conta da pandemia do novo coronavírus, que já vitimou mais de 230 mil brasileiros
De acordo com a mestre em psicologia positiva Flora Victória, o cancelamento do evento significa que não haverá pausa em meio à labuta e às preocupações do dia a dia, cultura com a qual os brasileiros estão acostumados desde o século 17, quando a manifestação teria desembarcado no país

“Não poder contar com essa válvula de escape, exatamente quando as tensões se intensificam devido à pandemia, pode aumentar os sentimentos depressivos, a ansiedade e a frustração. Mesmo quem não costuma participar do Carnaval pode ser afetado, porque seu cancelamento acentua a quebra de normalidade que estamos vivendo”, salienta.

Segundo a especialista, a abordagem puramente racional pode não ser suficiente. “É necessário, também, trabalhar aspectos emocionais. O conhecimento dos riscos não impede as pessoas de se sentirem deprimidas”, ressalva.

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