Às vésperas das manifestações de 7 de setembro, no Dia da Independência do Brasil, deputados bolsonaristas realizaram, nesta segunda-feira (6/9), ofensiva nas redes sociais contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), principal alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro .Moraes é relator de inquéritos que investigação fake news e atos antidemocráticos, que atingem diretamente aliados de Bolsonaro.
O deputado Bibo Nunes (PSL-RS) pediu que Moraes se demita evocando a “volta à normalidade plena e respeito entre os poderes no Brasil”. “Reconhecer erros são grandes acertos”, escreveu.
A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) — que depôs à Polícia Federal no domingo (5/9) — foi às redes sociais endossar as críticas. Em uma publicação de Moraes, Zambelli disse que ele entraria para a história como o reinventor do Ato Institucional n° 5 (AI-5), um dos mais duros da ditadura.
O deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) publicou vídeo antigo em que Alexandre de Moraes aparece dizendo: “Quem não quer ser criticado, quem não quer ser satirizado fique em casa. Não seja candidato, não se ofereça ao público, não se ofereça para exercer cargos políticos. Isso é regra desde que o mundo é mundo. Querer evitar isso por meio de uma ilegítima intervenção estatal na liberdade de expressão é absolutamente inconstitucional”.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, aproveitou uma publicação em que mencionava a questão entre as seleções de Brasil e Argentina, que teve o jogo suspenso nesse domingo (5/9), para alfinetar Moraes. “Essas investigações da Suprema Corte foram abertas sem aprovação da PGR e o juiz Alexandre de Moraes do STF se diz vítima, acusador e juiz dos supostos crimes, algo que só ocorre sem ditaduras”.
Outros parlamentares bolsonaristas também compartilharam publicações críticas ao ministro do STF.
A ex-deputada Christiane Brasil (PTB-RJ), filha de Roberto Jefferson – preso por determinação de Moraes – compartilhou um vídeo, com a mensagem “Uma breve história de Alexandre de Moraes”, no qual reforça a ligação do ministro ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
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