Ministros do STF se reúnem para discutir reação a Bolsonaro. Fux fará discurso nesta 4ª

 Ministros do STF se reúnem para discutir reação a Bolsonaro. Fux fará discurso nesta 4ª

Sessão do Conselho Pleno da OAB alusia aos 30 anos da Constituição com a presença dos ministros do STF, Edson Fachin, Carmem Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Roberto BarrosoFoto: Sérgio Lima/Poder360

O presidente do STF deve repudiar as ameaças de desobediência a ordens judiciais feitas pelo presidente da República neste 7 de Setembro

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram virtualmente, nesta terça-feira (7/9), para alinhar reação aos ataques frontais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à Corte – e principalmente ao ministro Alexandre de Moraes. No encontro, ficou definido que o presidente do STF, ministro Luiz Fux, fará pronunciamento nesta quarta (8/9), e deve repudiar em termos claros e duros as ameaças do chefe do Executivo federal.

A fala ocorrerá na abertura do plenário, antes da sessão de julgamentos.

Bolsonaro chegou a dizer que não cumprirá decisões judiciais que vierem a ser expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes. E ainda ameaçou o magistrado: “Ou se enquadra ou pede para sair”. Diante dos ataques, foi consenso, entre os ministros, a necessidade de uma resposta às falas do chefe do Executivo federal.

Recentemente, Fux cancelou reunião com Bolsonaro e com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O encontro, idealizado pelo próprio ministro, era para tentar reduzir a tensão com o mandatário da República. A crise entre os dois Poderes tornou-se ainda mais profunda após as manifestações de Bolsonaro neste 7 de Setembro.

“O presidente da República tem reiterado ofensas e ataques de inverdades a integrantes desta Corte, em especial aos ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Além disso, Sua Excelência mantém a divulgação de interpretações equivocadas de decisões do Plenário, bem como insiste em colocar sob suspeição a higidez do processo eleitoral brasileiro”, disse, na época.

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