Senador Elmano diz que marco legal das ferrovias viabiliza a Transnordestina entre Curral Novo/PI e o Porto do Suape/PE
O senador Elmano Férrer-PP/PI destaca que o novo marco legal das ferrovias, aprovado nesta terça, no Senado, abre caminho para viabilizar a construção do ramal da Transnordestina entre Curral Novo do Piauí e o Porto do Suape/PE, num trecho de 717 quilômetros de extensão. A empresa Bemisa, que já atua na exploração de jazidas de minérios de ferro no estado, solicitou autorização para assumir a construção deste novo ramal, investindo R$ 5,7 bilhões nas obras. O pedido da empresa tem como base a medida provisória sobre o mesmo tema, editada no final de agosto. Já o texto aprovado no Senado segue para análise na Câmara.
Como parte do projeto que engloba o ramal da Transnordestina, a empresa Bemisa pretende instalar um terminal de minério de ferro na Ilha de Cocaia, em Suape, e escoar, por meio da ferrovia, o minério de ferro produzido nas jazidas piauienses. “A efetivação deste trecho terá um grande impacto econômico e social no Piauí. A ligação com o Porto de Suape vai abrir um novo horizonte para o desenvolvimento do nosso estado, com a geração de centenas de empregos ainda na fase de construção da ferrovia”, avalia Elmano Férrer.
Segundo o parlamentar, o modelo de autorização inserido no novo marco legal pode levar o Brasil a ganhar mais 3 mil quilômetros de trilhos, ao longo de 11 ferrovias, incluindo o trecho de Curral Novo/PI a Suape/PE. “Com as mudanças previstas no texto, vamos expandir o modal ferroviário, que é mais eficiente e barato, além de ter menor impacto ambiental. Atualmente, as ferrovias transportam 20% das cargas do país, mas, conforme o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), o novo marco legal vai criar as condições para ampliar a participação do modal ferroviário, que pode chegar a 40% em 2035”, comenta o senador.
As jazidas piauienses exploradas pela Bemisa ocupam uma área de 10 mil hectares, distribuída pelos municípios de Paulistana, Curral Novo e Simões. As minas desta região têm a certificação de reserva de 1 bilhão de toneladas de minérios, com destaque para o ferro magnetítico. Esta produção é voltada à exportação, principalmente para a China.
