A Pfizer e a AstraZeneca já iniciaram testes em laboratório para verificar se as fórmulas atuais são eficazes também contra a Ômicron. Há meses a empresa norte-americana se prepara para ajustar as vacinas em seis semanas a partir do surgimento de variantes mais resistentes. De acordo com a companhia seria possível fornecer adaptar a vacina e distribuir as primeiras doses em até 100 dias.
A Moderna, por sua vez, reconheceu “a combinação de mutações representa um risco potencial significativo para acelerar a diminuição da imunidade natural e induzida por sua vacina”.
A OMS ressalta que “as vacinas continuam sendo críticas para reduzir doenças graves e morte, inclusive contra a variante circulante dominante, Delta”.
Sintomas e gravidade da doença
Ainda não está claro se as infecções provocadas pela nova capa causam quadros mais grave em comparação com infecções causadas por outras variantes, incluindo a Delta.
A médica sul-africana Angelique Coetzee, a primeira a alertar as autoridades sobre os pacientes com a nova variante, afirma ter recebido pacientes com sintomas “incomuns, mas leves”, como fadiga intensa e pulso acelerado. Até então, não foram registrados casos de perda de olfato ou de paladar, como costuma ocorrer com o coronavírus.
“Os sintomas deles (dos pacientes em seu consultório) eram tão diferentes e tão leves daqueles que eu tinha tratado antes”, disse a presidente da Associação Médica da África do Sul ao jornal The Guardian.
A OMS destaca que os dados preliminares sugerem que há taxas crescentes de hospitalização na África do Sul. No entanto, elas podem estar relacionadas ao aumento do número geral de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, independentemente da variante a qual o caso está associado.
Casos pelo mundo
A África do Sul é, atualmente, o epicentro dos casos de Ômicron no mundo. Além do país, já foram identificados pacientes infectados com a nova variante na Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Botswana, Canadá, Dinamarca, Escócia, França, Reino Unido, Holanda, Hong Kong, Israel, Itália e Portugal.
Até o momento, não foi registrada nenhuma morte associada à nova variante. No domingo (28/11), a Anvisa informou que um paciente vindo da África testou positivo para a Covid-19. No entanto, ainda não se sabe se a cepa que o contaminou foi a Ômicron.
Transmissibilidade
Apesar de a Ômicron ter chegado rapidamente em países dos cinco continentes, ainda não está claro se a variante é mais transmissível do que as variantes anteriores.
Estudos epidemiológicos estão em andamento na África do Sul para entender se o aumento expressivo de casos no país está relacionado às características dela ou a outros fatores, como a baixa taxa de vacinação no país, atualmente com 24% da população totalmente imunizada.
“Dados preliminares sugerem que há taxas crescentes de hospitalização na África do Sul, mas isso pode ser devido ao aumento do número geral de pessoas que estão se infectando, ao invés de resultado de uma infecção específica”, disse a OMS.
reinfecção
As primeiras evidências sugerem que o risco de uma pessoa que já teve Covid-19 no passado desenvolver a doença novamente após ser infectada com a Ômicron parece maior em comparação com outras variantes preocupantes. Segundo a OMS, mais informações sobre o assunto estarão disponíveis nos próximos dias e semanas
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