Piauí terá novas estações para monitorar tremores de terra

 Piauí terá novas estações para monitorar tremores de terra

Uma parceria entre Defesa Civil Estadual, UFRN e prefeituras permitiu a implantação de cinco estações sismográficas no Piauí, sendo quatro delas no mês passado

Uma parceria entre Secretaria de Estado da Defesa Civil (Sedec), Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis/UFRN) e prefeituras permitiu a implantação de cinco estações sismográficas para monitoramento de tremores de terra em território piauiense. A ideia é coletar dados e emitir relatórios para nortear autoridades locais e sociedade em geral na prevenção de desastres.

Em operação fixa há onze anos e integrante da Rede Sismográfica Brasileira, a primeira estação implantada no Piauí foi em Pedro II. No mês passado, foram instaladas unidades provisórias em Floriano, Gilbués, Jaicós e São Raimundo Nonato, inseridas no projeto de expansão da rede e estudo de bacias na região Nordeste.

Segundo o geofísico do Labsis/UFRN, Eduardo Meneses, a parceria com a Sedec e prefeituras viabiliza a permanência das novas estações sismográficas no Estado. “A nossa intenção é ampliar a cobertura em uma área que não existia monitoramento no Piauí. O projeto inicial tem previsão para que as unidades implantadas em 2022 operem por um ano, mas nosso diálogo com os demais entes é justamente para que tenhamos apoio para ampliar esse prazo”, explica.

A primeira coleta de dados das novas unidades piauienses está prevista para abril deste ano. “Essas informações serão incluídas em nosso banco e no processamento de localização dos epicentros dos tremores que venham ocorrer no período. Até o momento, o Piauí não apresenta tremores de terra significativos, mas ao ampliarmos essa cobertura, conheceremos melhor todas as áreas de falhas ativas no país e ainda geramos novos dados”, relata Eduardo Meneses.

O secretário da Sedec, José Augusto Nunes, garante manter o diálogo com as defesas civis municipais para viabilizar a continuidade do projeto no Piauí. “Agradecemos a iniciativa do Labsis/UFRN e temos alinhado com os prefeitos a manutenção dos custos dessas estações, sobretudo com pontos de internet para gerar os relatórios. Desta forma, iremos saber mais sobre o comportamento das áreas que sofrem abalos sísmicos, além de orientar a população destas regiões para evitar desastres”, avalia o gestor.

Como funciona uma estação sismográfica

A estação sismográfica é composta por um sensor que monitora a frequência da vibração do solo, registrador digital, bateria, GPS, placa solar e controlador de carga. Os dados gerados ficam armazenados em cartões de memória locais ou enviados via link pela internet.

Como são altamente sensíveis, as unidades são preferencialmente instaladas em regiões de baixo nível de ruídos, como sítios e fazendas, distante de rodovias movimentadas.

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