IBGE faz pesquisas econômicas com Empresas

 IBGE faz pesquisas econômicas com Empresas

No Piauí, cerca de 3,5 mil entidades estão sendo contactadas pelos técnicos do órgão, que dão orientações para o preenchimento dos questionários eletrônicos. Em grande parte dos casos, os contabilistas são encarregados por responder ao IBGE.

Fontes de dados fundamentais para o país, as pesquisas econômicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) precisam ser respondidas pelas empresas que foram selecionadas para fazerem parte da amostra das pesquisas. 

Além de levantar informações sobre pessoal ocupado, salários, receitas, lucros, áreas de atuação, as pesquisas também servem de base para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB). Compõem o conjunto de pesquisas econômicas a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), a Pesquisa Anual do Comércio (PAC), a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e a Pesquisa Industrial Anual (PIA).

Os questionários das pesquisas são preenchidos em um programa de computador e as informações são transmitidas ao IBGE via internet. Inclusive, o IBGE e o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) têm mobilizado empresas de tecnologia da informação para que desenvolvam ferramentas que possibilitem a automatização do processo. Atuando juntas no âmbito do projeto Preenche Fácil, as instituições buscam facilitar a prestação de dados ao IBGE.

A prestação de informações para fins de pesquisas é obrigatória e todos os dados fornecidos são confidenciais e usados exclusivamente para fins estatísticos, conforme prevê a legislação que ampara a atuação do IBGE (Decreto-lei n.º 161, de 13 de fevereiro de 1967; Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968; Lei nº 5.878, de 11 de maio de 1973).

Dados beneficiam as empresas e toda a sociedade

Os levantamentos “têm por objetivo prover o Sistema Estatístico Nacional de informações relevantes que venham subsidiar o planejamento governamental”, como esclarece a supervisora de pesquisas por empresa do IBGE no Piauí, Miriam Oliveira. “Além de fornecer às empresas, aos órgãos de pesquisa e demais usuários elementos para a realização de estudos”, reforça a supervisora.

Por meio dos resultados divulgados pelo IBGE é possível saber, por exemplo, que o comércio piauiense gerou receita bruta de R$ 36,0 bilhões em 2019, conforme revela a Pesquisa Anual do Comércio (PAC). De acordo com a PAC, o valor representa um crescimento de 155% na comparação com 2009, quando a receita bruta foi de R$ 14,1 bilhões.

Também é possível saber que houve um aumento de 12,1% na quantidade de pessoal ocupado em empresas da construção no Piauí em 2019, após cinco anos de quedas sucessivas, conforme a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC). O levantamento também mostra que as empresas da construção piauienses geraram R$ 2,5 bilhões com incorporações, obras e/ou serviços em 2019.

E, ainda, que o setor de Serviços piauiense sofreu baixas em 2019. Diminuiu em 5,7% a quantidade de empresas do setor, o número de pessoas ocupadas teve redução de 3,6% e a receita bruta também caiu 0,4% entre 2018 e 2019. As informações foram obtidas por meio da Pesquisa Anual de Serviços (PAS).

Outro setor que passou por quedas foi o de Indústria, conforme os dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA). Entre 2018 e 2019, reduziu em 0,1% a quantidade de pessoal ocupado e em 0,9% o número de empresas do setor no Piauí. Mais expressiva foi a diminuição no valor bruto da produção industrial, que caiu 6% no período.

Além dos dados apresentados, muitos outros podem ser extraídos das pesquisas econômicas. Os resultados completos estão disponíveis no banco de tabelas estatísticas do IBGE, que pode ser acessado no link: sidra.ibge.gov.br.

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