Peixe-leão(venenoso) é encontrado na praia de Barra Grande-Piauí

 Peixe-leão(venenoso) é encontrado na praia de Barra Grande-Piauí

O peixe-leão não deve ser capturado sem o manejo correto e seguro

Espécie originária do Indo-Pacífico que se espalhou pelo Caribe no início dos anos 2000, o peixe-leão é um predador agressivo, que vive próximo a recifes de coral e ataca suas presas. Agora ele ameaça ao menos 29 espécies de peixes brasileiros. Peçonhento, possui 18 espinhos venenosos, que injetam uma toxina neuromuscular. Isso causa bolhas, dor, febre e, raramente, convulsões em banhistas e pescadores.

Um filhote de peixe-leão foi encontrado por um mergulhador na praia de Barra Grande, em Cajueiro da Praia, litoral do Piauí. O animal é venenoso e põe em risco as espécies nativas.  O peixe foi localizado em área afastada de onde ficam os banhistas, entre as praias de Barra Grande e Barrinha.

“O peixe-leão é um animal venenoso e não deve ser manipulado sem proteção. Seu veneno causa dor forte e inchaço na área atingida. Casos letais são bastante raros, e a grande maioria dos acidentes se resolve sem maiores complicações. Porém os efeitos variam para cada organismo e dependem da quantidade de perfurações e grau de exposição. Portanto evitem contato a menos que tenha total segurança”, diz nota divulgada pelo Instituto de Tartarugas do Delta.

Segundo o Grupo de Trabalho de Monitoramento do Peixe Leão no Piauí, até o momento, dezenas de animais foram observados ou capturados por pescadores e pesquisadores entre os municípios de Luís Correia-PI e Itarema-CE. Para o Piauí existem relatos de avistamentos distantes da costa na praia do Coqueiro, e relatos de animais em ambientes mais rasos em Barra Grande, Barrinha e Cajueiro da Praia.

Diversas instituições estão monitorando essa invasão, no Piauí: UFDPar, ICMBio, SEMAR, ONGs Instituto Tartarugas do Delta, Comissão Ilha Ativa e Prefeituras de Parnaíba, Luís Correia e Cajueiro da Praia. Em parceria com instituições do Ceará (UFC, IFCE, LABOMAR, IBAMA) esses órgãos buscam registrar ocorrências peixe-leão, capturar animais para estudos científicos, e manter a população informada.

Em caso de acidente com o animal, submeter a área afetada ao calor: faça a imersão do local afetado em água quente por 30 a 40 minutos, o quanto a pessoa afetada tolerar (entre 40°e 45°C). Se não houver água quente, busque manter a área aquecida, pois o calor desnatura as proteínas do veneno, dificultando sua absorção;
Procure a unidade de saúde mais próximo do local da ocorrência.
Caso capture o animal, não devolver para o mar. Informar aos órgãos competentes (órgão do meio ambiente).

Uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI): Se possível macacão de pesca impermeável,

botas e luvas adequado para a atividade pesqueira;
Em caso de acidente durante as atividades laborais, recomenda-se procurar a unidade de saúde mais próxima e comunicar que o acidente ocorreu durante o exercício profissional;
Caso ocorra uma captura acidental de peixe-leão, o pescador deve ser recomendada NÃO devolver o indivíduo para o ambiente marinho.

Em caso de avistamento ou captura (vivo ou morto) do peixe-leão, Instituto Tartarugas do Delta pede que contate peixe.leao.pi@gmail.comapa.delta@icmbio.gov.br.

Com informações de Bernardo Silva

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