PF investiga o “Imperador” do Maranhão por desvios na Codevasf

 PF investiga o “Imperador” do Maranhão por desvios na Codevasf

PF realiza operação contra desvios na Codevasf, no Maranhão — Foto: Divulgação/PF

PF realiza operação contra desvios na Codevasf, no Maranhão — Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal não informou quando foram feitos os contratos sob suspeita. A principal empresa apontada no esquema é a Construservice, que tem como sócio oculto Eduardo Costa Barros, o ‘Eduardo DP’, também conhecido como ‘Imperador’. Ele também é alvo da operação e foi preso.

 

Relógios de luxo encontrados durante a operação 'Odoacro' no Maranhão — Foto: Divulgação/PF

Relógios de luxo encontrados durante a operação ‘Odoacro’ no Maranhão — Foto: Divulgação/PF

A operação é realizada em São Luís, Dom Pedro, Codó, Santo Antônio dos Lopes e Barreirinhas, com 16 mandados de busca e apreensão. Nos locais onde a PF esteve, foram apreendidos relógios de luxo e R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo.

Segundo as investigações da PF, Eduardo comanda um esquema de lavagem de dinheiro realizado a partir do desvio de verba pública, por meio de fraudes em licitações. O mesmo esquema já havia sido descoberto anteriormente em uma operação da Polícia Civil, em 2015, no município de Dom Pedro.

Polícia apreendeu dinheiro em cofre e outros itens de valor durante a operação — Foto: Divulgação/PF

Polícia apreendeu dinheiro em cofre e outros itens de valor durante a operação — Foto: Divulgação/PF

Na prática, os criminosos criam empresas de fachada e simulam competições durante as licitações, mas com o real propósito de fazer com que a empresa vencedora seja sempre a de Eduardo DP, que possui grandes contratos com a Codevasf: A Construservice.

Veículos encontrados durante a operação 'Odoacro' no Maranhão — Foto: Divulgação/PF

Veículos encontrados durante a operação ‘Odoacro’ no Maranhão — Foto: Divulgação/PF

Dinheiro encontrado durante a operação 'Odoacro' no Maranhão — Foto: Divulgação/PF

Dinheiro encontrado durante a operação ‘Odoacro’ no Maranhão — Foto: Divulgação/PF

A operação foi denominada ‘Odoacro’ em referência ao sobrenome do soldado italiano que capitaneou uma revolta que colocou fim ao Império Romano, visto que um dos investigados pela PF é conhecido como ‘Imperador.’

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Eduardo Costa Barros foi preso em abril de 2015 em São Luiz, suspeito de fazer parte de um esquema que, segundo a polícia, desviou R$ 100 milhões de 42 prefeituras do Maranhão. Eduardo é filho da ex-prefeita do município de Dom Pedro, Maria Arlene Barros, que foi presa na no dia 31 de março de 2015, também por suspeita de fazer parte do esquema de agiotagem.

Eduardo Costa Barros, que é mais conhecido como “Eduardo Imperador”, se apresentou na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), no Bairro de Fátima, acompanhado de advogados. Contra ele havia um mandado de prisão temporária em aberto. Ele é investigado pela polícia por suspeita de envolvimento com a quadrilha de agiotas, que seria comandado pelo empresário Glaucio Miranda.

Segundo as investigações, em uma única conta bancária de Eduardo Barros,  foram encontrados mais de R$ 5 milhões, que teriam sido transferidos da conta da prefeitura de Dom Pedro, sem nenhuma justifivativa ou compravção de prestação de serviços.

Segundo a polícia, em nome de Eduardo e de pessoas ligadas a ele existem, pelo menos, dez empresas, a maioria no ramo de construção civil e locação de máquina. Estas empresas seriam usadas para fraudar licitações e desviar dinheiro da prefeitura de Dom Pedro. Eduardo nega que tenha tantas empresas e que tenha sido beneficiado.

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