Indústrias piauienses perderam unidades e trabalhadores na pandemia

 Indústrias piauienses perderam unidades e trabalhadores na pandemia

Brasil, São Paulo, SP. 24/04/2007. Vista da fachada da Sede do IBGE em São Paulo, no bairro do Itaim Bibi, zona sul da capital paulista. – Crédito:PAULO PINTO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:162262

Em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o setor industrial piauiense teve baixas na quantidade de endereços de atuação e de trabalhadores. Os resultados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2020, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com 36 unidades industriais saindo de atuação entre 2019 e 2020, o Piauí registrou queda de -2,9% no quantitativo. Já o número de trabalhadores teve redução de -5,3%, o que significa dizer que quase 1,5 mil pessoas perderam seus postos de trabalho no período.

Havia 1,2 mil unidades locais – endereços de atuação das empresas – ativas em 2019, quantidade que caiu para 1,1 mil em 2020. O contingente de trabalhadores do setor era de 27,2 mil pessoas em 2019, tendo caído para 25,7 mil no ano seguinte.

A quantidade de pessoal ocupado registrada em 2020 é a menor dos últimos dez anos. O maior número de trabalhadores no setor foi registrado em 2013, quando havia 30,7 mil pessoas atuando em indústrias piauienses. Ou seja, cerca de 5 mil trabalhadores a mais do que em 2020 e número 19,4% maior.

Assim como em todo o país, as indústrias de transformação predominam em relação às indústrias extrativas no Piauí. Apenas 3,6% das unidades industriais piauienses eram extrativas, enquanto 96,4% eram indústrias de transformação em 2020. No Brasil, a proporção de 2,1% de indústrias extrativas e 97,9% de indústrias de transformação.

Em 2020, havia 303,6 mil empresas em atuação no país, sendo 6,3 mil extrativas e 297,3 mil de transformação. Já no Piauí, do total de 1,1 mil unidades locais ativas, apenas 42 eram extrativas.

Fabricação de alimentos é a principal atividade industrial do Piauí

A principal atividade industrial do Piauí é a fabricação de produtos alimentícios. Conforme a Pesquisa Industrial Anual (PIA), a atividade gerou 47,6% do Valor de Transformação Industrial (VTI) do estado em 2020. O levantamento é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Depois da fabricação de produtos alimentícios, a segunda atividade mais representativa do Piauí é a fabricação de bebidas, que gerou 17% do VTI em 2020. Em terceiro lugar, está a metalurgia, com participação de 6,1% do VTI do estado. O Piauí gerou R$ 2,6 bilhões de VTI em 2020.

 

Já a região Nordeste teve um VTI de R$ 143 bilhões em 2020, o que equivale a 9,5% do VTI do Brasil. A Bahia teve a maior participação no VTI do Nordeste, representando 39,8% do total. Junto com Pernambuco (20%) e Ceará (14%), os três estados produziram 73,8% do VTI da região. Maranhão (7,9%), Rio Grande do Norte (6,1%), Paraíba (3,7%), Sergipe (3,5%), Alagoas (3,2%) e Piauí (1,9%) complementam o valor.

Indústrias piauienses tiveram receita líquida de R$ 8 bilhões em 2020

As unidades locais industriais do Piauí que possuem 5 ou mais pessoas ocupadas tiveram receita líquida de R$ 8,7 bilhões em 2020. A informação é da Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2020, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor gerado no Piauí representa 2,5% do total registrado na região Nordeste em 2020, que foi de R$ 351 bilhões. A receita líquida do estado aumentou em comparação ao ano anterior, quando representava apenas 1,8% do total do Nordeste. Em 2019, o Piauí gerou R$ 5,9 bilhões dos R$ 320 bilhões de receita líquida que teve a região Nordeste.

Ainda assim, o Piauí permanece com a menor participação entre os estados nordestinos. A maior proporção é da Bahia, que gerou 42,3% da receita líquida do Nordeste em 2020.

 

 

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