Poder Judiciário ressalta que somente os deputados podem alterar o orçamento

 Poder Judiciário ressalta que somente os deputados podem alterar o orçamento
O governo não tem competência jurídica para mudar destinação de recursos do orçamento previsto
Deputados e representantes do Executivo e Judiciários se reuniram na sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), nesta segunda-feira (08), para participar da audiência pública  sobre a Lei Orçamentária  Anual para 2023 (LOA).
Além dos deputados Franzé Silva-PT, Francisco Limma-PT, Warton Lacerda-PT, Evaldo Gomes-Solidariedade, Tereza Britto-PV, Zica Carvalho-MDB e Flávio Júnior-PT, estavam presentes na audiência representantes do Tribunal de Justiça do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Polícia Civil e da Universidade Estadual do Piauí.
O Orçamento Geral do Piauí previsto para 2023 é de 15,6 bilhões e o próximo secretário estadual de fazenda, Emilio Júnior disse que pode haver remanejamento de recursos, aumentando o valor a ser destinado para segurança, área já definida pelo governador eleito, Rafael Fonteles como prioridade da gestão estadual a partir de 2023.
Durante a audiência, representantes do poder judiciário argumentaram, citando o artigo 113 da constituição estadual, dizendo que o poder executivo não pode alterar a destinação orçamentária e completou ainda que somente a assembleia legislativa pode alterar o orçamento.

A secretaria estadual de Planejamento, Rejane Tavares explicou como será dividido entre os poderes e falou que o Estado passa pela dificuldade citando o exemplo do cobertor curto, “se cobre um lado, descobre o outro”.

O relator do orçamento e presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação (CFC), deputado Franzé Silva (PT), constatou que na LOA encaminhada o reajuste era de apenas 3%, ou seja, 2,68% abaixo do índice de subida de preços previsto.

O parlamentar acrescentou à consideração, que já havia feito reunião com o governador eleito, Rafael Fonteles, e que este afirmou que quer manter a tradição de repor a inflação. Na resposta, a secretária de Planejamento, Rejane Tavares, disse que este acordo já foi alinhado com a governadora Regina Sousa e que o órgão estuda de onde vai ser feita a compensação orçamentária.

O secretário de Orçamento e Finanças do TJ-PI, Roosevelt Figueiredo, acrescentou algumas críticas à forma de envio do projeto. Ele citou a falta da descriminação das fontes de recursos, a diferença entre os Poderes dos valores para gastos administrativos e, principalmente, a forma como os reajustes foram feitos. “Nós pedimos que o reajuste seja feito não em cima do orçamento inicial, mas sim do orçamento executado, haja vista que existe uma distorção muito grande. É como se começássemos o ano já defasados”, defendeu o secretário.

O Defensor Público Geral, Dr. Erisvaldo Marques, relatou que a estrutura da defensoria pública está aquém de defensorias de outros estados, principalmente, no quesito quantidade de mão de obra. Ele também colocou que há um concurso público na iminência de ser finalizado e que há uma demanda para a convocação dos candidatos aprovados no certame.

A Deputada Teresa Brito endossou a solicitação de mais recursos para UESPI e solicitou também que a secretaria de inclusão da pessoa deficiente receba mais recursos.

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