CIEPI e IFPI incentivam inovação do setor industrial

 CIEPI e IFPI incentivam inovação do setor industrial

Parceria entre o IFPI e o CIEPI impulsiona inovação nas indústrias do Piauí com estudantes de mestrado desenvolvendo melhorias e soluções

A parceria entre o Instituto Federal do Piauí (IFPI) e o Centro das Indústrias do Piauí (CIEPI) tem proporcionado oportunidades únicas para estudantes de mestrado. Um exemplo é Bianca Silva Sousa, de 23 anos, que está colocando sua pesquisa acadêmica em prática na indústria Moinho Piauí, importante empresa do setor alimentício.

Bianca, graduada em Licenciatura Plena em Química e atualmente cursando o mestrado em Engenharia de Materiais no IFPI, teve conhecimento do projeto por meio da coordenação do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais do IFPI. E graças ao convênio com o CIEPI, ela tem atuado na Moinho Piauí, desde agosto de 2022, onde busca compreender os principais aspectos para se obter uma farinha de trigo de excelência. Durante sua experiência, ela tem a oportunidade de conhecer a logística, os processos mecânicos, as aditivações e até mesmo questões administrativas relevantes para o bom funcionamento da indústria.

O Projeto de Acordo de Parceria entre o IFPI e o CIEPI tem como foco o desenvolvimento da inovação no estado do Piauí e atualmente conta com a participação de sete indústrias: Moinho Piauí, Mega Fios, Cevap, Mafrense, Pretel, Real Alimentos e Hot Sat. O primeiro ciclo do projeto contemplou sete estudantes da turma de Engenharia de Materiais. O Prof. Dr. Gilvan Moreira da Paz, coordenador da parceria, explica como funciona o processo seletivo para atuar em uma das indústrias parceiras do programa.

“O CIEPI nos repassa a demanda da indústria, estudamos essa demanda e procuramos uma possível solução para ela, e realizamos um processo seletivo para escolher um aluno que se encaixe melhor para atender essa demanda. Esse aluno desenvolve então, na indústria, o seu próprio trabalho de mestrado seja uma dissertação ou trabalho de conclusão. Dessa forma, conseguimos inserir na indústria profissionais altamente capacitados, ao mesmo tempo que o aluno adquire uma experiência rica no chão de fábrica. Essa iniciativa aproxima o que é estudado e desenvolvido na academia com o que a indústria produz, alinhando as necessidades do setor industrial com projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação”, ressalta.

Ele afirma que o projeto desenvolvido pela aluna Bianca Silva na Moinho Piauí é considerado uma case de sucesso, pois o estudo feito pela aluna trouxe excelentes resultados e, a partir disso, ela foi integrada ao corpo de funcionários da indústria. A pesquisa da mestranda tem contribuído para a otimização de tempo em processos mecânicos, resultando em economia de custos e menor desgaste das máquinas na Moinho Piauí.

Para Bianca, a importância desse projeto vai além do estímulo e aprimoramento acadêmico e profissional. “Acredito que os conhecimentos acadêmicos aliados à prática se complementam e tornam os processos industriais mais eficazes, além de transformar em realidade o que geralmente fica apenas nas publicações científicas”, destaca ela. Bianca enfatiza a necessidade de uma maior integração entre o ambiente acadêmico e o setor industrial. “A parceria entre o IFPI e o CIEPI tem atendido muito bem ao objetivo final, que é capacitar o profissional para o desenvolvimento da pesquisa e outras atividades em escala industrial”, afirma. A estudante acredita que essa iniciativa deve ser ampliada para outras instituições e indústrias, preparando os futuros profissionais para assumirem papéis importantes em suas áreas de atuação.

O presidente do Centro das Indústrias do Piauí, Federico Musso, ressalta que essa iniciativa visa impulsionar a inovação dentro das indústrias do estado e que o CIEPI busca ampliar a parceria com outros núcleos de educação. “Essa parceria que temos com o IFPI é fundamental, e buscamos ampliá-la e ter mais participantes no projeto. Atualmente, estamos tentando incluir o Centro Tecnológico da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí (FAPEPI), pois acreditamos que, dessa forma, teremos um processo de ganha-ganha. A indústria poderá contar com profissionais com formação técnica de fora, que podem oferecer uma visão mais objetiva dos nossos processos e encontrar soluções para executá-los de forma mais eficiente. Além disso, o estudante que ingressa no chão de fábrica poderá compreender de forma mais realista como a indústria do Piauí está funcionando, conhecer a infraestrutura do estado e adaptar seus conhecimentos à realidade local, contribuindo assim para a transformação industrial que estamos buscando.”, explica Federico Musso.

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