BNB destaca protagonismo do Nordeste na transição energética do país

 BNB destaca protagonismo do Nordeste na transição energética do país

A afirmação foi feita em evento sobre powershoring e neoindustrialização verde
“O Nordeste ocupa papel de liderança no Brasil em geração eólica e solar e pretende usar esse potencial para atrair empresas que fazem uso intensivo de energia limpa”, destacou o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, nesta terça-feira, 15, em Brasília, no evento Powershoring e a Neoindustrialização verde do Brasil – Perspectivas, Potencial, Políticas Públicas e Privadas. A conferência proporcionou debate sobre legislação e financiamento de projetos de produção industrial a partir de energia verde.

Além do presidente do BNB, participaram da abertura do seminário realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente da República, em exercício, Geraldo Alckmin, o presidente da CNI, Robson Andrade, o vice-presidente de setor privado do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Jorge Arbache, e o diretor de Planejamento do BNDES, Nélson Barbosa.

Paulo Câmara enfatizou a importância do crédito como estímulo na transformação da matriz energética e na definição de um novo mapa para a indústria limpa mundial, com impacto positivo direto na mudança climática. “Hoje, o Nordeste é superavitário na geração de energias renováveis. Portanto, é uma região preparada para liderar a transição energética no Brasil e no mundo. Entendemos que o desenvolvimento regional passa por uma transformação contínua e reconhecemos a importância do conhecimento e da inovação como elementos fundamentais para impulsionar o avanço da economia de baixo carbono, em harmonia com os valores da sustentabilidade ambiental”, ressaltou o presidente Paulo Câmara.

Geraldo Alckmin elencou uma série de ações que o Brasil tem feito para contribuir diretamente na renovação da matriz energética e descarbonização. Exemplos disso são o uso de biodiesel, com óleos vegetais em percentuais crescentes na composição de combustível, incentivo para a renovação de frotas de ônibus e caminhões, e proteção da floresta amazônica com novo modelo de biodiversidade para geração de negócios, empregos, alimentos e remédios.

“A pergunta de agora é: Onde é que eu fabrico bem, barato e consigo compensar as emissões? Aí o Brasil tem muitas oportunidades, pois somos a grande alternativa e já ocupamos o quinto lugar entre os países do mundo em atração de investimentos. Isso pode crescer enormemente. A neoindustrialização é exatamente inovação e verde”, ressaltou Alckmin.

Para Jorge Arbache, o Nordeste reúne muitas das principais condições necessárias para atrair essas plantas industriais nessa estratégia de powershoring por conta da capacidade de produzir energia verde a custos extremamente atrativos. “O passo seguinte é atrair plantas industriais que precisam desse insumo. O que se propõe nessa estratégia é exportar energia verde embarcada no produto industrial”, explica.

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