Presidente da APPM diz que prefeituras precisam de 90 milhões para não haver demissões

 Presidente da APPM diz que prefeituras precisam de 90 milhões para não haver demissões

PREFEITOS DO PIAUÍ AGUARDAM AUXÍLIO DE R$ 90 MILHÕES E TEMEM DEMISSÕES DEVIDO A QUEDA DO FPM

O presidente da Associação de Prefeitos do Piauí (APPM), Toninho de Caridade revelou que os prefeitos aguardam um auxílio financeiro de pelo menos R$ 90 milhões para compensar a queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Nessa perspectiva, os municípios do Piauí que têm índice 0.6 receberiam, por exemplo, o valor de R$ 257 mil para investir em áreas como saúde e educação.

A proposta que foi enviada pelo governo federal já foi aprovada pela Câmara e tramita no Senado. Essa é a esperança dos gestores para desafogar os cofres das prefeituras. Segundo o presidente da APPM, este é o quarto mês consecutivo que o repasse chega às aos municípios em queda. A diminuição chegou a 50% no mês de agosto.

“Um exemplo de hoje, que é dia 20, os municípios 0.6, que são 80% dos municípios do Piauí, estão recebendo um valor de R$ 52 mil reais. E para se ter ideia, não tem nenhum município que repassa menos de R$ 80 mil para a Câmara. Então, é um momento de ajuste. Precisamos ajustar as contas para não sermos surpreendidos, porque é um momento difícil onde é necessário cortar na própria carne até que esse auxílio financeiro chegue e possa socorrer os municípios”, revelou Toninho, presidente da APPM.

O municipalista também admitiu que boa parte das prefeituras piauienses ainda trabalham com a possibilidade de diminuir a folha de pagamento e que a possibilidade de demissões ainda está em pauta.

“A situação ainda é essa, ainda se fala da possibilidade de demissões, pois o município tem que cumprir com a lei de responsabilidade fiscal. Não podemos gastar mais do que 54% com folha de pagamento. Se o repasse caiu e o prefeito continuar mantendo a mesma estrutura administrativa, as contas não vão bater. Então, o momento é de cautela, de conversar com a contabilidade e ver como é que está essa questão do índice, pois acredito que a maioria dos gestores vai ter que reduzir pessoal para que possa ajustar as contas municipais, até para que chegue o final do ano e não se tenha uma surpresa negativa em ter suas contas reprovadas pelo não cumprimento da lei de responsabilidade fiscal”, disse.

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