Aprosoja explica redução da produção grãos no Piauí

 Aprosoja explica redução da produção grãos no Piauí

Produção de soja cresce mas safra de grãos será menor

Custo de produção ainda elevado e a significativa desvalorização da soja e do milho comprometem a rentabilidade dos Produtores

A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e o IBGE apontaram estimativas de queda na safra de grãos após 7 anos de crescimento consecutivo. No Piauí, a redução da área plantada de milho, tanto de 1a safra (safra de verão) quanto de 2a safra (safrinha), foi o fator de maior responsabilidade para as estimativas. Porém, na cultura da soja, haverá um crescimento. A informação é do diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja Piauí), Rafael Maschio.

O crescimento da produção de soja deve ficar entre 5 e 10%, em função do aumento da área plantada no ano safra 23/24 que chegou próximo a 10%. “Em virtude da redução acentuada na produção de milho, especialmente da 2a safra (safrinha), por questões econômicas e em função do atraso do plantio da soja, é que se verifica uma redução total na safra de grãos do Piauí”, explica Maschio.

O fenômeno El Nino gerou algumas dificuldades para o setor produtivo. Uma delas foi este atraso de 30 a 40 dias no plantio da soja, em relação a safra anterior, com uma redução de cerca de 30% no volume de chuvas no trimestre de outubro a dezembro (período de plantio/semeadura). “Desta forma, o plantio da soja, principal cultivo, se prolongou até meados de Janeiro. Porém, de lá para cá o clima vem colaborando e deveremos ter uma boa produtividade”, acrescenta. A redução da área plantada com milho safrinha pode chegar a 50%, em função deste atraso e devido aos custos de produção x preço do produto, o que já era prevista.

Apesar dos números ainda não estarem consolidados a previsão do setor é de que a área plantada de soja ultrapasse 1 milhão de hectares, crescendo 9,8%. A produção de soja do Piauí deve ficar na casa das 3,7 milhões de toneladas, aumento de cerca de 4% em relação a safra passada.

Contudo, em função dos altos custos de produção ainda observados – bem como uma redução significativa da cotação destes produtos nos mercados – a rentabilidade (margem) do Produtor está bastante comprometida, o que deve fazer com que o Produtor tenha mais cautela nos investimentos.

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