Agravamento da pandemia reduz índice de confiança da indústria

O Índice de Confiança do Empresário Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicou queda de 5,1 pontos em relação a fevereiro. Apesar do número, o índice ainda se mantém acima da linha divisória de 50 que separa a confiança da desconfiança no setor. De acordo com o presidente do Centro das Indústrias do Estado do Piauí (CIEPI), Andrade Júnior, a indústria tanto a nível local como nacional vinha se recuperando, após meses de paralisação por conta das medidas restritivas para contenção do novo coronavírus.

“A nossa atividade instalada estava já chegando ao patamar de fevereiro de 2020, anterior ao início da pandemia. Então hoje toda nossa capacidade instalada está em torno de 78% em atividade plena. Mas a sondagem mensal, que é feita com diversos empresários e industriais no Brasil a fora, mostrou que nos últimos três meses esse índice de confiança reduziu demonstrando preocupação com o cenário, porque a persistência da pandemia com a nova cepa trouxe uma certa fragilidade de crescimento que o setor prospecta no país”, explicou Andrade.

A intenção de consumo do brasileiro também tem registrado queda diante deste cenário, conforme ressalta o presidente do CIEPI. “O desejo de adquirir bens e produtos continua o mesmo, mas as pessoas estão mais receosas em assumir novos compromissos financeiros, porque a partir do momento que há uma instabilidade na economia isso pode afetar diretamente a empregabilidade. Então a população está preocupada com o endividamento e tem preferido adiar seu sonho de compra no momento”, disse o industrial.

Já a empregabilidade do setor continua aquecida, conforme os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A indústria abriu mais de 90 mil novas vagas, confirmando sua importância para a economia brasileira.