Medo do desconfinamento deve ser monitorado pelos pais

 Medo do desconfinamento deve ser monitorado pelos pais

 

O retorno às aulas presenciais acendeu um alerta dentro de muitas famílias. A realidade de isolamento que a pandemia da covid-19 impôs, agora passa por uma nova fase, que é o medo do desconfinamento entre crianças e adolescentes. A situação pode se tornar um problema de saúde mental grave e pode ocasionar impedimentos para que eles retomem a vida de forma saudável, como, por exemplo, voltar a vida escolar.

O psicólogo do Sistema Hapvida, Carol Costa Júnior, alerta para uma explosão na procura dos atendimentos psicológicos, devido ao aumento de doenças mentais agravado pela pandemia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), antes da pandemia, o Brasil já era o país mais ansioso do mundo e, também, apresentava a maior incidência de depressão da América Latina, impactando cerca de 12 milhões de pessoas.

O especialista alerta que a realidade imposta pela covid-19 está gerando uma multidão de ansiosos e as crianças e os adolescentes foram os mais impactados.

Carol Costa explica que uma alternativa para prevenir que o medo se torne patológico é o diálogo entre pais e filhos e a observação dos comportamentos. “É interessante os pais darem todo apoio e trazerem essa criança, esse adolescente para a realidade. Vale a pena estar com esse medo todo? Se você está tomando todas as orientações que as autoridades sanitárias estão lhe falando, vale a pena você ter este medo? É preciso trazer para o real e aí esse medo irracional a gente já começa a destruir”, afirma o especialista do Hapvida.

Segundo ele, podemos já está na quarta onda, que seria a de doenças mentais, porque a pandemia potencializou muitos traumas que já existiam. Neste sentido, o apoio dos pais é muito importante para que o medo do desconfinamento entre crianças e adolescentes não evolua para ansiedade, depressão ou síndrome do pânico.

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