2 mil famílias ocupam área no Bosque Sul

Desde o dia 25 fevereiro, mais de 2 mil famílias ocuparam terras inativas, localizadas numa área de 30 hectares, no bairro Bosque Sul, Teresina. Os ocupantes cortaram e derrubaram a mata que estava sendo utilizada para esconder furtos e demais atos ilícitos, tornando-se um local ocioso e bastante perigoso para os moradores do bairro.

“A luta por um espaço dentro da esfera urbana, aparece como conquista para excluir o valor do aluguel que em  muitos casos estão sem condições de manter, reflexo da pandemia”, relatou Stanley Meireles. Outra ocupante, Patrícia Brito divulgou o nome da ocupação, que será chamada de Residencial Rejane Dias, como forma de obter apoio.

O estatuto da politica habitacional  rege que a propriedade tem que cumprir sua função social. Nunca é demais ressaltar que função social de uma propriedade é o seu uso para implantação de construção, este sendo o mais profundo e legítimo uso de uma propriedade. Essa manifestação ocorreu para chamar atenção do poder público para o problema de moradia.

A luta trouxe resistência do local, outro aspecto nefasto que atinge aqueles que lutam pelo seu lote, vem sendo ação direta do Estado através dos seus órgãos de repressão, com ostensiva ação policial,  de criminalização, de obtenção de direitos, da lei e da ordem. Estes pobres urbanos que enfrentam de forma lenta as adversidades e problemas que a vida oferece, com resistência  já visualizam e comemoram sua nova habitação pelo sonho da casa própria.

        ” Invasão  não é coisa de elite. Ocupação é o direito legítimo da massa empobrecida que necessita de uma moradia “:disse Ze da Cruz militante na luta dos ocupantes do novo residencial .