Governo “corta ponto” e professores da rede estadual encerram greve

 Governo “corta ponto” e professores da rede estadual encerram greve

A justiça já havia jugado a greve ilegal

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação, o fim da greve foi aprovado por ampla maioria após corte de ponto dos profissionais da educação que constataram ameaça e prejuízo para a categoria.

Os professores da rede estadual da educação realizaram assembleia nesta quarta-feira (29) e deliberaram pelo final da greve que a categoria deflagrou há 127 dias.

Os professores pedem reajuste de 33,24%, alegando a determinação do governo federal do valor do piso nacional dos professores de R$3.845,00.

O Governo Federal definiu o valor mas não definiu percentual de aumento. Em alguns estados e municípios para atingir o piso nacional, o reajuste não seria, obrigatoriamente, de 33,24%, como é o caso do Piauí e de Teresina.

Os professores pedem cobram ainda dois reajustes (12,84% referente ao ano de 2020 e 4,17% à 2019) que não teriam sido pagos pelo governo do Piauí.

Em Teresina, os professores permanecem em greve, mesmo com o parecer de ilegalidade da greve publicado pela justiça.

Os professores da rede municipal dizem que se a greve fosse ilegal, a prefeitura estaria descontando dos salários dos professores os dias não trabalhados e nesta quinta-feira(30) o prefeito de Teresina, Dr.Pessoa disse que as medidas cabíveis legais e necessárias pode ser a demissão dos profissionais que não estão trabalhando.

O movimento pelo fim da greve iniciou depois ameaças e coações do governo, além mudança de lotação e corte de ponto com prejuízo para a maioria dos profissionais da educação. Para o Sinte, isso caracteriza um ataque a liberdade sindical por parte do governo Regina Sousa que, a exemplo do seu antecessor, o ex-governador Wellington Dias agir sem ouvir categorias.

O Sinte informou que irá continuar com manifestações regulares. De acordo com os sindicalistas, mesmo com o encerramento da greve, a luta continuará com manifestações regulares, em todo Piauí, em defesa das pautas da categoria como o pagamento dos reajustes salariais, a situação das remoções das/os grevistas, assim como a exigência de uma folha suplementar para repor os descontos, progressões dos servidores e servidoras e o pagamento do precatório do Fundef.

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