Seminário encerra o Programa Viva o Semiárido nesta quinta-feira(01)

 Seminário encerra o Programa Viva o Semiárido nesta quinta-feira(01)

O Seminário de Encerramento do Programa Viva o Semiárido – Apresentação dos Resultados – Projeto no semiárido do Piauí reduz em 25% a pobreza das famílias beneficiadas será realizado hoje(01) no hotel Arrey, zona leste de Teresina, com as presenças da governador do Piauí Regina Sousa e da Secretaria da Agricultura Familiar, Patrícia Vasconcelos.

A programação do evento e mais informações sobre o projeto estão no site: vivaosemiarido.org.br

O evento será transmitido pela TV NESTANTE, no youtube.

Projeto no semiárido do Piauí reduz em 25% a pobreza das famílias beneficiadas

Enquanto o Brasil retorna ao mapa da fome elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), um projeto desenvolvido no Piauí contribuiu para reduzir em 25% a pobreza de pequenos agricultores beneficiados, de acordo com pesquisa realizada pela Universidade Federal de Viçosa – Minas Gerais. Trata-se do Projeto Viva o Semiárido, que foi implantado em 2015 pelo Governo do Estado, beneficiando cerca de 36 mil famílias. Para apresentar os principais resultados dessa iniciativa e marcar o encerramento das atividades, será realizado o “Seminário Viva o Semiárido – Colhendo frutos”. O evento acontece nesta quinta-feira (01), no Gran Hotel Arrey, das 8h às 18h. O evento também será transmitido pela Tv Nestante, no You tube.

O Projeto Viva o Semiárido tem como objetivo contribuir com a redução da pobreza extrema, através de ações que melhorem a renda das famílias, a produtividade agropecuária, as oportunidades de emprego e o fortalecimento das instituições no meio rural. No Piauí foram realizadas ações em diversas áreas, através de 210 projetos produtivos, com atenção especial para famílias em situação de vulnerabilidade e marginalizadas, como aquelas localizadas em comunidades quilombolas ou chefiadas por mulheres e por jovens.

A investigação feita por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), verificou que houve um aumento de 10% na quantidade de mercadorias produzidas e vendidas pelos pequenos produtores rurais, com destaque para o mel, a mandioca e, principalmente, o caju, tanto castanha quanto pedúnculo. Assim, 55% das famílias beneficiadas tiveram um aumento de pelo menos 20% na renda total.

Com a melhoria da produção, os pesquisadores verificaram também que houve um crescimento do consumo dos alimentos produzidos pelas próprias famílias, o que garantiu maior segurança alimentar. Outras iniciativas do projeto permitiram resultados positivos para os pequenos produtores, como construção de cisternas, técnicas de reaproveitamento de águas, incentivo ao associativismo e uso da energia solar.

A pesquisa destacou que mais famílias passaram a comprar bens domésticos e a adotarem práticas inovadoras levadas pelo Projeto Viva o Semiárido. “Outro resultado da pesquisa que chamou a atenção foi o aumento do empoderamento de mulheres e jovens. Ao mesmo tempo, o projeto também facilitou o acesso das famílias às políticas públicas. Houve ação efetiva do projeto nos fatores que promovem desenvolvimento: adoção de inovações, fortalecimento das instituições e investimentos em capital humano e social”, explica o pesquisador Marcelo José Braga.

Ele ressalta que algumas metas dos projetos não foram alcançadas, como a taxa de crescimento da produção, da comercialização e a proporção de famílias com aumento da renda. Entretanto, esses resultados ficaram muito próximos do que foi definido inicialmente. Para o pesquisador, a pandemia da Covid-19 afetou as famílias analisadas de várias maneiras e teve impacto nos resultados do projeto.

A avaliação dos resultados do Projeto Viva o Semiárido foi feita sob a coordenação da Universidade Federal de Viçosa (MG), que é considerada uma das melhores instituições da América Latina. Foram avaliados 409 domicílios, sendo 207 beneficiários e 202 não-beneficiários.

O FIDA, que financia a iniciativa, tem investido em ações de desenvolvimento rural na região Nordeste do Brasil em parceria com os governos federal e estaduais desde a década de 1980. No total, já aplicou cerca de 300 milhões de dólares em projetos, beneficiando mais de 615 mil famílias.

PROJETO VIVA O SEMIÁRIDO

O projeto Viva o Semiárido (PVSA) é um esforço do Governo do Estado do Piauí, em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), para reduzir a pobreza, aumentar a produção e melhorar o padrão de vida das populações com maior nível de carência social e econômica no meio rural do Semiárido Piauiense, por meio do incremento das atividades produtivas predominantes, da geração de renda e do fortalecimento organizacional das famílias rurais.

O projeto atua em 89 municípios de cinco territórios do Piauí: Vale do Sambito (15 municípios), Vale do Rio Guaribas (39), Vale do Rio Canindé (17), Serra da Capivara (18) e Chapada Vale do Rio Itaim (16), visando contribuir para reduzir a pobreza e a extrema pobreza da população rural da região semiárida do Piauí.

São Executores/Co-executores do Projeto Viva o Semiárido: A Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF/PI), Secretaria de Estado da Educação (SEDUC/PI), Secretaria Estadual da Assistência Social (SASC/PI), Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (EMATER/PI), Secretaria do Planejamento do Estado do Piauí (SEPLAN/PI) e Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ/PI).

A Secretaria de Agricultura Famíliar, Patricia Vasconcelos, destacou que o PVSA está em fase de encerramento, mas que deixa muitos frutos a serem colhidos. “Fortalecemos muitas cadeias produtivas a exemplo do caju, do mel, da Ovinocaprinocultura, é um avanço muito grande, trazendo muitos benefícios para a população que com certeza seguirá colhendo os frutos do projeto, por que aprenderam a desenvolver de forma sustentável”, enfatizou.

A Governadora Regina Sousa, disse que o PVSA mudou a vida de mais de 36 mil famílias. “São pessoas que hoje estão capacitadas e produzindo. Que deixaram de esperar esmolas e as cestas básicas que acabam em uma semana. Eles agora produzem o próprio alimento e vendem também, ajudando a levar uma alimentação saudável à mesa dos piauienses. Acredito que a agricultura familiar é a saída”, disse.

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